Vant Topografia?
Vant topografia, você acabou de colocar suas 2 mãos em um artigo definitivo sobre o tema.
Com a leitura do mesmo, você descobrirá quando que vale a pena comprar um vant para topografia.
Continue a leitura com máxima atenção.
Vant Topografia
No que se refere a vant topografia, uma dúvida comum entre os profissionais é se devem comprar um drone ou um vant.
Um drone é bem mais barato. Porém, um vant possibilita o mapeamento de centenas de ha.
Com isso, comprar um drone, normalmente é uma melhor opção se você faz o mapeamento de áreas de pequeno e médio porte.
Já se você costuma fazer o mapeamento de áreas com centenas de ha, nestes caso o mais indicado é que você compre um vant.
Perceba que devido a esta característica, vants são mais utilizados na região centro-oeste e na região amazônica.
Vant Topografia – Etapas de um mapeamento topográfico
A topografia com vant pode ser dividida em 7 etapas.
Etapa 1 – Planejamento do voo
Nesta etapa da topografia com vant, você fará um planejamento de voo detalhado, analisando as características da área de estudos e, também, como o clima estará no momento do voo.
Você também precisa delimitar o perímetro da área que será mapeada e analisar cuidadosamente a mesma.
Como exemplos de informações importantes temos:
- Analisar as características dos elementos naturais e artificiais existentes na área que será mapeada;
- Identificar o melhor local para o lançamento e pouso do drone;
- Analisar a altimetria do terreno;
- Identificar elementos naturais que sirvam de ponto de controle ou, os locais nos quais você colocará pontos de controle artificiais;
- Analisar a direção do vento, a altitude, a velocidade de voo e o grau de sobreposição das imagens.
Nesta etapa, também é importante que você escolha uma câmera adequada ao grau de detalhamento desejado. Isso porque de nada ainda você ter um drone de altíssima qualidade, se a câmera do mesmo deixar a desejar.
A câmera utilizada precisa ter uma qualidade de pelo menos 12 megapixels.
Caso você deseje aprender mais sobre o assunto, aprendendo a fazer um planejamento de voo poderoso, leia este artigo.
No mesmo eu abordo esta temática de maneira cirúrgica, mostrando como identificar e eliminar as diferentes fontes de erro, obtendo dados com segurança.
Vant topografia – Etapa 2 – Criação do plano de voo
Uma vez que você conheça tenha analisado cuidadosamente a área que será mapeada e sabe como estarão as condições climáticas no momento do voo, precisará fazer o plano de voo.
Para isso, você irá utilizar um software próprio para a elaboração de planos de voo vant.
Como exemplos de softwares de plano de voo temos:
Faça o voo no modo automático
É importante que você utilize um aplicativo de plano de voo, pois além do plano de voo, este software irá fazer o controle do voo em si.
Alias, esta e outra sacada genial que quero compartilhar com você. Quem é iniciante na topografia com vant costuma fazer o voo no modo manual.
Porém, utilizar este procedimento faz com que seguidamente você tenha problemas ao fazer o processamento dos dados.
Como consequência, você se estressará e perderá tempo e dinheiro, tendo que voltar a campo para obter novamente os dados.
Logo, uma dica de ouro que quero compartilhar com você é que você deve fazer o voo no modo automático, apenas acompanhando o mesmo e entrando em ação caso algo não saia conforme o planejado.
Ao elaborar o plano de voo, você irá informar todos os parâmetros necessários para o software, informando, por exemplo:
- A taxa de sobreposição;
- A altitude do voo e;
- O local que será mapeado.
Com isso, o software criará a rota que o vant topografia deverá seguir, definindo os exatos momentos em que as fotos devem serem obtidas.
Posteriormente, a campo, você dará o comando e o aplicativo fará o voo no modo automático.
Vant topografia – Etapa 3 – Distribuição de pontos de controle e levantamento dos mesmos com um receptor GNSS
Uma vez que você tenha feito o planejamento de voo e o plano de voo, chegou a hora de fazer o levantamento de dados a campo.
Durante esta etapa, a primeira coisa que você fará será distribuir os pontos de controle a campo.
Enquanto faz isso, é importante que você faça o rastreamento dos mesmos com um receptor GNSS.
Esta etapa é essencial, pois de nada adianta você ter um vant topografia com uma câmera de altíssima qualidade, porém utilizar pontos de controle obtidos sobre o Google Earth ou com gps de navegação.
Para que os dados obtidos com o levantamento fotogramétrico tenham uma altíssima qualidade, você precisa utilizar pontos de controle obtidos a campo com um receptor GNSS, preferencialmente através da utilização do método RTK.
Como os pontos de controle devem serem distribuídos na área a ser mapeada
Os pontos de controle devem serem distribuídos de maneira homogênea ao longo da área que será mapeada.
Um erro que muitos profissionais cometem é locar os mesmos de maneira centralizada. Isso faz com que as bordas da área mapeada fiquem com uma acurácia a qual deixa a desejar.
O ideal é que você loque 1 ou 2 pontos de maneira mais centralizada e os demais pontos na periferia da área que será mapeada, distribuindo os mesmos de maneira homogênea.
Você também precisa levar em consideração a topografia do terreno. Se o mesmo for acidentado, loque mais pontos de controle, distribuindo pontos de controle nas cristas e nos vales, de certa maneira que a altimetria fique bem representada.
Adotar este procedimento é importante, pois normalmente a altimetria costuma interferir mais do que a planimetria na acurácia dos dados.
Loque pontos de verificação
Um outro cuidado importante que você precisa ter é fazer o levantamento de alguns pontos para utilizar como pontos de verificação.
Estes pontos precisam ser elementos naturais ou artificiais existentes na área que será levantada.
Por exemplo, árvores, postes, afloramentos rochosos, esquinas, mourões e cantos de muro.
Perceba que o grande segredo que possibilitará que os dados fiquem com uma boa acurácia é você caprichar na hora de locar e fazer o levantamento dos pontos de controle.
Loque tantos pontos de controle, quanto forem necessários.
Perceba que também é interessante que você utilize pontos de controle artificiais. Isso porque com este procedimento o risco de de você ter pontos de controle problemáticos será menor.
Vant topografia – Etapa 4 – Acompanhamento do voo
Uma vez que você tenha distribuído os pontos de controle e feito o rastreamento dos mesmos com um receptor GNSS, está na hora de fazer o voo fotogramétrico propriamente dito.
Conforme informei anteriormente, nesta etapa da topografia com vant, você precisará apenas dar o comando para que o aplicativo realize o voo. Será o aplicativo quem controlará o vant durante o levantamento dos dados.
Porém, é essencial que você acompanhe o voo, pois pode acontecer, por exemplo, do vento estar com uma velocidade alta, de certa maneira que você tenha que parar o voo.
Ou ainda, de alguma coisa sair errada e o software não fazer o voo corretamente. Enfim, acompanhe o voo para ter certeza que vai dar tudo certo com o mesmo.
Etapa 5 – Georreferenciamento das imagens
Nesta etapa você fará o georreferenciamento das imagens, utilizando para isso os pontos de controle que obteve a campo.
Lembre-se sempre da máxima:
Se entra lixo, sai lixo!
Ou seja, não existe milagre, para obter produtos fotogramétricos com uma altíssima acurácia, você precisa ter dados de entrada que tenham uma altíssima acurácia.
Logo, obtenha pontos de controle com um receptor GNSS.
Vant topografia – Etapa 6 – Processamento das imagens
Nesta etapa, você irá gerar os diferentes produtos fotogramétricos, transformando os dados que possui em informações úteis, haja vista a aplicação para o qual os mesmos serão utilizados.
Existem diversos produtos que podem serem gerados a partir das imagens de drones. Dentre os mesmos, temos:
- Mosaico de Ortofoto Georreferenciada;
- Modelo Digital de Elevação (MDE);
- Modelo Digital do Terreno (MDT);
- Nuvem Densa de Pontos;
- Mapa de Uso de Solo e;
- Planta Topográfica planialtimétrica com curvas de níveis.
Vant Topografia – O que é um ortomosaico?
As fotos oriundas de um levantamento com vant possuem uma série de distorções, sendo que o ortomosaico é o produto obtido após a correção das diferentes distorções.
Por exemplo, o processo fotogramétrico é um projeção cônica, de certa maneira que somente o ponto central está em uma projeção ortogonal.
Além disso, existe toda uma série de fontes de distorções internas (do sistema) e externas (da paisagem) que causam distorções na posição dos objetos na imagem.
O processo de ortorretificação nada mais é do que a correção das diferentes distorções, de certa maneira que todos os objetos de uma ortofoto estão em uma posição ortogonal.
Ou seja, na projeção real ocupada pelos diferentes objetos a campo.
Para a correção das imagens e montagem do ortomosaico utiliza-se:
- As imagens do terreno;
- Parâmetros de orientação da câmera;
- Parâmetros para calibração da lente;
- Modelo Digital do Terreno.
Vant topografia – Etapa 7 – Entrega dos produtos fotogramétricos para seus clientes
Nesta etapa, você entregará os produtos fotogramétricos para seu cliente.
É importante que você mantenha com você um backup não só dos produtos gerados, mas de todo o projeto.
Por exemplo:
- Do plano de voo;
- Dos dados brutos;
- Do projeto em si, no software fotogramétrico;
- Os resultados obtidos.
Na realidade, se o levantamento for para um processo de Georreferenciamento de Imóveis Rurais, você não só deve, como é obrigado pela legislação a manter um backup com os dados citados acima.
Neste artigo eu mostro quais são os dados que você precisa manter.
Continue Aprendendo a Respeito da Topografia Com Drones
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