Criar mapa: você comete estes 2 erros?
Quando se fala em criar mapa, existem 2 erros que são cometidos por grande parte dos profissionais. Leia atentamente a este artigo e não cometa os mesmos.
Criar mapa – Erro 1 – Não saber a diferença entre planta e mapa
Ao criar mapa, muitos profissionais acabam confundindo tudo e produzindo uma planta quando devem produzir um mapa e um mapa, quando devem produzir uma planta.
E qual a diferença entre estes produtos cartográficos?
Para entender a diferença entre planta e mapa, precisaremos consultar a NBR 13.133.
A mesma trás a seguinte definição para planta:
Representação gráfica de uma parte limitada da superfície terrestre, sobre um plano horizontal local, em escalas maiores que 1:10000, para fins específicos, na qual não se considera a curvatura da Terra.
Perceba que de acordo com a NBR 13.133, uma planta é uma representação gráfica de uma parte limitada da superfície.
Ou seja, possui uma escala grande, servindo, desta maneira, para a representação das características de uma área.
Olhe para a planta abaixo.
Perceba que a mesma representa um área pequena, possuindo um grande detalhamento da mesma. Isso porque a mesma é uma planta cadastral.
Já para mapa, a NBR 13.133 trás a seguinte definição:
Representação gráfica sobre uma superfície plana, dos detalhes físicos, naturais e artificiais, de parte ou de toda a superfície terrestre – mediante símbolos ou convenções e meios de orientação indicados, que permitem a avaliação das distâncias, a orientação das direções e a localização geográfica de pontos, áreas e detalhes -, podendo ser subdividida em folhas, de forma sistemática, obedecido um plano nacional ou internacional.
Perceba que diferentemente de plantas, mapas possuem escalas pequenas. Ou seja, servem para representar frações maiores da superfície terrestre.
Olhe para o mapa abaixo.
Fonte da imagem: https://droneng.com.br/
Perceba que a área mapeada é maior, existindo generalização dos dados.
Ou seja, plantas são utilizadas para a representação de áreas pequenas, possuindo uma escala maior do que 1:10.000.
Como exemplos de escalas utilizadas em plantas temos:
- 1:500;
- 1:1.000;
- 1: 2.500;
- 1:5.000;
- 1:10.000.
Na topografia cadastral a planta é utilizada para:
- A representação da área de uma propriedade;
- A retificação de área;
- O desmembramento de área e;
- O remembramento de área.
Porém, a planta topográfica também serve para para a representação de diferentes elementos cadastrais, podendo representar graficamente todas as características de uma área, incluindo:
- O relevo;
- Curvas de nível;
- Perfis longitudinais;
- Seções transversais;
- Pontos cotados;
- Acidentes geográficos;
- etc.
Já mapas são utilizados para a representação de áreas maiores, possuindo uma escala menor do que 1:10.000.
Por exemplo:
- Microbacia;
- Município;
- Regiões;
- Estados e;
- Países.
Além disso, conforme a própria NBR 13.133 informa, plantas topográficas se baseiam em “um plano horizontal local“.
Ou seja, no plano topográfico local.
Uma carta topográfica IBGE, por outro lado, segundo a NBR 13133, deve estar:
“Dentro da mais rigorosa localização possível relacionada a um sistema de referência de coordenadas“.
Ou seja, cartas topográficas, normalmente se baseiam na utilização de dados obtidos em coordenadas geográficas, referenciadas em um datum e que foram projetadas para o plano.
A NBR 13.133, também informa que uma carta topográfica pode ser “subdividida em folhas, de forma sistemática, obedecido um plano nacional ou internacional.“
Um exemplo disso é o mapeamento sistemático nacional realizado pelo exército.
O mesmo apoia-se nas folhas da Carta Internacional ao Milionésimo (CIM).
Ou seja, como exemplos de escalas comuns utilizadas ao criar mapa, temos as escalas utilizadas no mapeamento sistemático nacional. São elas:
- 1:25.000;
- 1: 50.000
- 1:250.000;
- 1:500.000 e;
- 1:1.000.000.
Na realidade, embora a NBR 13.133 traga a mesma definição para cartas topográficas e mapas, o termo carta topográfica normalmente é utilizado somente para a designar as cartas desta série de mapeamentos que constituem as folhas da Carta Internacional ao Milionésimo.
Criar mapa – Erro 2 – Planta e mapa não são croqui
Algum tempo atrás um cliente chegou até mim com uma planta. Planta esta que quando vi me doeu o coração. Sério mesmo, chegou até a me dar um mal estar. Isso porque o aspecto visual da mesma era horrível.
Além disso, nem sequer os elementos básicos necessários a planta possuía. Ou seja, a mesma não era uma planta, mas sim um simples croqui.
Era nítido que o profissional que produziu a mesma não tinha nenhuma noção do que estava produzindo.
Vamos entender quais são os elementos que plantas e mapas devem ter.
Existem 5 elementos que você deve colocar ao criar mapa. São eles:
- Título;
- Legenda;
- Escala;
- Orientação e;
- Projeção cartográfica.
Ou seja, você deve colocar os mesmos ao criar mapa. Caso você deseje saber mais a respeito, leia este artigo.
Os elementos acima citados são elemento que todo mapa temático deve ter. No caso dos mapas técnicos e das plantas, existe uma série de outros elementos que são obrigatórios.
Por exemplo, as plantas topográficas devem ter:
- A indicação dos locais nos quais ocorre a mudança de confrontação;
- Os nomes dos confrontantes;
- A indicação das mudanças de ângulo;
- A indicação das distâncias;
- A área e o perímetro do imóvel.
Além disso, plantas e mapas técnicos também devem ter um espaço destinado as informações cadastrais.
São elas:
- Contratante e/ou proprietário;
- Dados do responsável técnico;
- Data;
- Localização do imóvel.
Vídeo a respeito do assunto.
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