Quais são as etapas e quais os diferentes produtos oriundos do mapeamento com drone. Se você possui estas dúvidas, leia atentamente a este artigo.
Isso porque você acabou de colocar suas 2 mãos em um artigo completo sobre o tema. Lendo o mesmo você entenderá:
- Quais são as 7 etapas do mapeamento com drone;
- Quais as 12 etapas do processamento das imagens no Agisofth metashape;
- Qual a diferença entre processamento e pós processamento de dados de drone;
- Quais são os 4 diferentes tipos de cartas e plantas oriundas do mapeamento com drone.
As 7 etapas do mapeamento com drone
O mapeamento com drone pode ser dividido em 7 etapas. Vamos entender melhor cada uma das mesmas.
Etapa 1 – Planejamento do voo
Um dos grandes segredos de um mapeamento com drone encontra-se em você fazer um planejamento cirúrgico, identificando e eliminando as diferentes fontes de erro.
Nesta primeira etapa, você:
- Analisará as características planialtimétricas da área de estudos;
- Analisará como o clima estará no momento do voo;
- Delimitará o perímetro da área que será mapeada.
O ideal é que assim que seu cliente diga sim para sua oferta, você abra o Google earth e faça uma análise minuciosa com a ajuda do mesmo.
É importante que seu cliente mostre para você os limites da área que será mapeada e, que você ainda na presença do mesmo, faça a delimitação do perímetro da propriedade. Perímetro este que você salvará no formato KML.
Caso deseje aprender mais sobre o planejamento de voo, aconselho que você leia este artigo.
Mapeamento com drone – Etapa 2 – Criação do plano de voo
O conhecimento obtido ao fazer a análise da área que será mapeada, servirá de base para a produção de um bom plano de voo.
Ou seja, somente após você ter analisado cuidadosamente a área que será mapeada e as condições climáticas é que você elaborará o plano de voo.
Para isso, você irá utilizar um software próprio para a elaboração de planos de voo.
Caso deseje aprender mais sobre o assunto, aconselho que você leia este artigo do blog. Isso porque no mesmo eu cubro de maneira cirúrgica esta temática.
Mapeamento com drone – Etapa 3 – Distribuição de pontos de controle e levantamento dos mesmos com um receptor GNSS
Uma vez que você tenha feito o planejamento de voo e o plano de voo, chegou a hora de fazer o levantamento de dados propriamente ditos.
Durante esta etapa, a primeira coisa que você fará, será distribuir os alvos a campo. Enquanto faz isso, é importante que você obtenha as coordenadas dos mesmos com um receptor GNSS.
Obtenha pontos de controle com uma grande acurácia, fazendo o rastreamento dos mesmos, preferencialmente através da utilização do método RTK.
Etapa 4 – Acompanhamento do voo
Uma vez que você tenha distribuído os pontos de controle e feito o rastreamento dos mesmos, deverá fazer o voo fotogramétrico propriamente dito.
Conforme informei anteriormente, nesta etapa do mapeamento com drones, você precisará apenas dar o comando para que o aplicativo realize o voo. Será o aplicativo quem controlará o drone durante o levantamento dos dados.
Porém, é essencial que você acompanhe o voo, pois pode acontecer, por exemplo, do vento estar com uma velocidade alta, de certa maneira que você tenha que parar o voo.
Ou ainda, de alguma coisa sair errada e o software não fazer o voo corretamente. Enfim, acompanhe o voo para ter certeza que vai dar tudo certo com o mesmo.
Caso você deseje saber que drone deve utilizar, leia este artigo. No mesmo eu mostro quais os melhores drones para mapeamento topográfico.
Etapa 5 – Georreferenciamento e ortorretificação das imagens
Nesta etapa do mapeamento com drone, você fará o georreferenciamento e a ortorretificação das imagens, utilizando para isso os pontos de controle que obteve a campo.
Como produto final desta etapa, você obterá o ortomosaico, o qual é gerado com as ortofotos georreferenciadas. Produto fotogramétrico sobre o qual é possível fazer-se a determinação de ângulos, distâncias, áreas e cálculo de volumes.
Lembre-se sempre da máxima:
Se entra lixo, sai lixo!
Ou seja, não existe milagre, para obter produtos fotogramétricos com uma altíssima acurácia, você precisa ter dados de entrada que tenham uma altíssima acurácia.
Etapa 6 do mapeamento com drone – Geração dos demais produtos fotogramétricos
Nesta etapa, você irá gerar os diferentes produtos fotogramétricos, transformando os dados que possui em informações úteis, haja vista a aplicação para o qual os mesmos serão utilizados.
Existem diversos produtos que podem serem gerados a partir do ortmosaico. Dentre os mesmos, temos:
- Modelo Digital de Elevação (MDE);
- Modelo Digital do Terreno (MDT);
- Nuvem Densa de Pontos;
- Mapa de Uso de Solo e;
- Planta Topográfica planialtimétrica com curvas de níveis.
Etapa 7 – Pós processamento dos dados e entrega dos produtos fotogramétricos para seu cliente
Nesta etapa, você fará o pós processamento dos dados obtidos em um software de mapeamento com drone e entregará os produto finais obtidos para seu cliente.
É importante que você mantenha com você um backup não só dos produtos finais gerados, mas de todo o projeto.
Por exemplo:
- Do plano de voo;
- Dos dados brutos;
- O projeto em si;
- Os resultados finais obtidos.
Quais são as 12 etapas do mapeamento por drone no agisofth metashape
- Na etapa 5, o georreferenciamento e a ortorretificação das imagens e;
- Na etapa 6, a geração dos demais produtos fotogramétricos.
- Adicionar-se as fotos
- Converter-se o sistema de coordenadas para SIRGAS 2000;
- Fazer o alinhamento das fotos (o Agisofth metashape vai ler as Geotags e criar a nuvem de pontos espaçada);
- Importar os pontos de controle e fazer o registro dos mesmos;
- Gerar-se a nuvem de pontos densa e o mapa de profundidade;
- Criar-se o modelo 3D;
- Construir-se a textura para o modelo 3D;
- Geração do modelo digital de superfície (MDS);
- Geração do modelo digital de terreno (MDT);
- Geração do ortomosaico;
- Faz-se a verificação, utilizando-se os pontos de verificação (pontos de checagem do georreferenciamento);
- Geração das curvas de níveis.
Qual a diferença entre processamento e pós processamento de imagens de drone
As 12 etapas mencionadas no item anterior fazem parte do processamento de imagens de um drone. Ou seja, são as etapas em um software de processamento de imagens de drone.
Os produtos oriundos de um software de processamento de imagens de drone são:
- Ortomosaico;
- Modelo Digital de Elevação (MDE);
- Modelo Digital do Terreno (MDT);
- Nuvem Densa de Pontos;
- Mapa de Uso de Solo e;
- Curvas de níveis.
Porém, normalmente os dados gerados no software de processamento de imagens de drone precisarão serem tratados em um outro software. Ou seja, em um software de pós processamento.
Normalmente, o pós processamento consiste na geração de plantas e mapas em um outro software, como, por exemplo:
- AutoCAD;
- ArcGIS ou;
- QGIS.
Naturalmente, dependendo das características do mapeamento que você está realizando, pode ser que seu cliente solicite o projeto no Agisofth metashape ou, os diferentes produtos fotogramétricos nos formatos shapefile, geotiff e/ou .dxf/dwg.
Porém, o mais comum é o cliente solicitar que você entregue uma planta ou mapa para o mesmo.
As diferentes cartas e plantas oriundas do mapeamento com drone
Fonte:
Agora que você conseguiu entender quais são as etapas de um mapeamento com drone, seguem os diferentes produtos oriundos do pós processamento de imagens de drone.
Planta planialtimétrica cadastral
Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/planta-topografica_1772194
O primeiro dos produtos provenientes do mapeamento por drone é a planta planialtimétrica cadastral.
Para a produção deste produto cartográfico, você deve utilizar as curvas de níveis e os pontos cotados obtidos a partir do MDT.
Também é necessário que você faça a vetorização dos dados de interesse em cima do mosaico de ortofotos. Esta planta normalmente é utilizada em obras de engenharia e na atualização cadastral.
Carta planialtimétrica
Fonte: https://blog.droneng.com.br/
Os produtos utilizados para a produção de uma carta planialtimétrica são os mesmos utilizados na produção de uma planta planialtimétrica cadastral.
No caso, a diferença do mesmo para uma planta planialtimétrica está na escala dos dados que deve ser pequena. Com isso, existe generalização nos dados.
Ortofotocarta
Fonte: https://blog.droneng.com.br/
A ortofotocarta é uma carta que possui todos os dados existentes em uma carta planialtimétrica, possuindo também o mosaico de ortofotos.
Com isso, este produto fotogramétrico possui uma grande quantidade de informações visuais, o que torna o mesmo um produto atrativo e amplamente requisitado.
Dica de amigo: se o fator de escala for maior do que 1:10.000, a mesma será uma ortofotoplanta e não uma ortofotocarta.
Carta hipsométrica
Fonte: https://blog.droneng.com.br/
Para a produção deste produto fotogramétrico, utiliza-se:
- As curvas de níveis;
- Os pontos cotados obtidos a partir do MDT e;
- Um MDT gerado a partir das curvas de níveis.
O MDT é representado utilizando-se as cores hipsométricas, demonstrando de maneira visual a declividade do terreno. Este produto é utilizado para estudos altimétricos do relevo para obras de engenharia e planejamento urbano e rural.
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