Geoprocessamento: 13 erros cometidos
Um tutorial de geoprocessamento com dicas práticas trazidas diretamente do dia a dia dos escritório da área. Este poderia ser o título deste artigo, pois é isso que você aprenderá com o mesmo!
Veja bem, quando se fala em Geotecnologias, existe uma série de erros que são cometidos pelos profissionais e que podem detonar até mesmo com um projeto inteiro.
O problema é que estes erros são pontos cegos, ou seja o profissional comete os mesmos diariamente, mas o profissional não percebe que está cometendo eles. Isso até que certo dia, após anos errando a ficha cai e o mesmo descobre que produziu centenas de mapas com erros aberrantes.
Neste artigo sobre geoprocessamento eu quero compartilhar com você estes erros, evitando assim que você:
- Perca muito tempo e dinheiro;
- Produza mapas que não estão de acordo com as normas técnicas;
- Se queime e seja visto como um tolo por seus clientes.
Então, se você quer descobrir que erros são estes e não cometer os mesmos, leia atentamente aos tópicos abaixo.
Geoprocessamento – Erro 1: Não entender quais são as 7 etapas da produção de um mapa
Isso mesmo, existem 7 etapas as quais devem serem seguidas na produção de mapas.
O erro cometido por muitos profissionais é que os mesmos possuem aqueles mapas que são necessários no dia a dia, por exemplos, os diferentes mapas necessários em um processo de Licenciamento Ambiental. Estes mapas eles sabem produzir de cor e salteado, não é o problema.
O erro acontece quando os mesmos precisam produzir um mapa completamente diferente e não param para planejarem a produção do mesmo.
Com isso, eles acabam dando chutes, utilizando os dados errados, queimando etapas e perdendo muito tempo e muito dinheiro neste processo.
Assista a aula abaixo que você entenderá melhor?
Geoprocessamento – Erro 2 – Não saber precificar seus serviços
Este é um outro erro fatal cometido pelos profissionais da área. Os mesmos utilizam metodologias no mínimo questionáveis para precificar seus serviços. Com isso, correm o risco de cobrar um valor muito alto e perder o serviço ou de cobrarem um valor muito baixo e acabarem trabalhando de graça.
Na aula do vídeo abaixo eu passo 2 metodologias de precificação de serviços com as quais você nunca mais correrá o risco de precificar seus serviços de maneira errada.
Também passo uma dica extra que ajudará você a estimar de maneira certeira o tempo necessário para um projeto ou para a produção de um mapa em especifico.
Geoprocessamento – Erro 3 – Tentar utilizar softwares de Geoprocessamento sem primeiramente fortalecer as fundações
Você já abriu um software de geoprocessamento, porém após poucos cliques simplesmente se travou?
Se isso aconteceu com você, este nada mais é do que um sintoma de que as suas fundações estão fracas. Ou seja, que você não entende de Cartografia, Sensoriamento remoto e Topografia.
No vídeo abaixo eu falo melhor a respeito deste erro e escancaro outros 2 erros terríveis que muitos profissionais da área cometem.
Geoprocessamento – Erro 4 – Generalização de dados
Muitos profissionais ao trabalharem em um projeto novo saem obtendo dados de tudo que é fonte. Os mesmos tratam o software de geoprocessamento como uma espécie de caldeirão maluco, jogam todos os dados que conseguem no mesmo e posteriormente fazem as diferentes análises que precisam.
Eles até que cuidam para que os dados estejam no mesmo sistema de referência. Porém, o problema é que não cuidam a escala dos dados.
Perceba isso, que se ó projeto no qual você está trabalhando exige uma escala de 1:10.000, não tem como você utilizar dados de cartas topográficas, cuja escala é de 1:50.000.
O problema é que, como disse, muitos profissionais não percebem isso e acabam detonando com seus projetos.
E preste atenção, isso acontece até mesmo com profissionais veteranos. Os mesmos de maneira meio que inocente, não se atentam a cuidar o básico do básico em seus projetos.
Ou seja, não param para analisar com base na noção de que toda análise de geoprocessamento é um sistema. Ou seja, possui dados de entrada, processamento e dados de saída.
Desta maneira a acurácia dos dados de saída está diretamente relacionada a qualidade dos dados de entrada.
Se entra lixo, saí lixo
Assista ao vídeo abaixo que você entenderá melhor este erro, como identificar e assassinar o mesmo.
Geoprocessamento – Erro 5 – Não entender de Cartografia
Conforme mostrei anteriormente, existe uma série de conhecimentos que você precisa dominar. Isso porque os mesmos são como os alicerces de um prédio. Ou seja, se você não entender do assunto cometerá erros terríveis.
Um destes conhecimentos é de Cartografia. Se você não sabe, por exemplo, qual a diferença entre Geoide, Elipsoide, superfície topográfica e Datum.
Ou ainda, quando utilizar coordenadas geográficas e quando projetar os dados para o plano.
Parabéns, suas fundações são fracas, e você precisa urgentemente entender mais de Cartografia.
Não se preocupe querida pessoa, que eu gravei uma aula épica sobre o assunto. Segue a mesma:
Geoprocessamento – Erro 6 – Não configurar o software de acordo com a legislação nacional
No Brasil o órgão responsável por determinar os padrões cartográficos nacionais é o IBGE, sendo que o mesmo definiu que para a transformação de dados, deve-se utilizar as equações simplificadas de molodensky.
O problema é que nenhum dos softwares de geoprocessamento mais famosos (QGIS e ArcGIS) não foram produzidos no Brasil. Ou seja, os mesmos não estão configurados de acordo com a legislação nacional.
Com isso, você precisa criar métodos de transformação de dados que obedeçam os padrões estabelecidos pelo IBGE.
No vídeo abaixo eu mostro de maneira prática como configurar a transformação de dados no ArcGIS de acordo com estes padrões.
Erro 7 – Não conhecer e/ou não saber utilizar as diferentes fontes de dados disponíveis
Muitos profissionais quando vão trabalhar em um projeto atípico acabam se embananando e não conseguem tirar o melhor proveito das diferentes fontes de dados disponíveis.
Isso porque dependendo das características do projeto, você pode utilizar dados próprios, dados obtidos de fontes externas ou dados mistos.
No vídeo abaixo eu abordo melhor esta temática, explicando as diferentes fontes de dados existentes.
Geoprocessamento – Erro 8 – Utilizar imagens que não foram ortorretificadas em seus projetos
Muitos profissionais saem utilizando tudo que é imagem que conseguem, sem se preocupar com o tratamento que as mesmas obtiveram.
Com isso, acabam muitas vezes utilizando imagens erradas.
Por exemplo, utilizam imagens do Google Earth em projetos que exigem grande acurácia dos dados.
Perceba que imagens do Google Earth são muito boas para deixar o mapa com um aspecto visual melhor. Porém, que não tem como você sair utilizando este tipo de imagem em projetos que que exijam grande acurácia.
Isso porque este tipo de imagem não é ortorretificada.
Na realidade, você deve tomar muito cuidado com todo e qualquer dado obtido a partir de fontes externas. Isso mesmo, preste atenção, COM TODO E QUALQUER DADO, ou seja, dados vetoriais e também dados matriciais.
Muito mais do que apenas o sistema de referência, peça também os diferentes relatórios, pois os mesmos é que garantirão a acurácia dos dados.
Na aula do vídeo abaixo eu passo mais algumas dicas sobre o assunto.
Geoprocessamento – Erro 9 – Falta de foco
Isso mesmo, eu sei que este não é exatamente um erro que tenha a ver com geoprocessamento ou geotecnologias, porém este é um erro terrível que detona com as chances de sucesso de muitos profissionais.
Isso porque trabalho é energia. Ou seja, se você manter-se focado, acontecerá a mesma coisa que acontece com uma lupa. Se você utilizar a mesma para redirecionar os raios de sol para uma folha de papel, rapidamente conseguirá fazer a mesma pegar fogo.
No seu dia a dia é a mesma coisa, você precisa colocar o máximo de energia possível em projetos específicos, desta maneira o sucesso se tornará inevitável.
Perceba que para isso você precisa agir massivamente de maneira focada. Na aula abaixo eu passo mais algumas dicas a respeito desta temática.
Erro 10 – Não fazer o arroz com feijão que gera resultados
Talvez você tenha pensado, como assim fazer o arroz com feijão professor Adenilson?
Simples, nós como seres humanos tendemos a tornar as coisas complexas e difíceis, mas a verdade é que as mesmas são simples.
Por exemplo, queremos prestar 30 serviços em nossos escritórios de Topografia Cadastral, quando que em média, apenas 5 serviços (Georreferenciamento, medição de área, remembramento e desmembramento) é que são responsáveis por mais de 80% dos lucros do escritório.
Em um escritório de geoprocessamento é a mesma coisa, alguns poucos serviços geram 80% dos resultados.
Logo comece a olhar para as coisas e a pensar, qual é o arroz com feijão que gera resultados.
Ou ainda?
Será que eu não estou tentando complicar algo que é simples.
Eu mesmo, seguidamente me vejo com raiva de mim mesmo porque percebo que estou perdendo um tempo absurdo ao tentar fazer algo desnecessário.
Então vamos simplificar, segue uma aula ensinando passo a passo a produzir um mapa de APP, que é um mapa simples, mas que coloca dinheiro em casa (o arroz com feijão que gera resultados).
Geoprocessamento – Erro 11 – Produzir um croqui achando que está produzindo um mapa
Você já olhou para um mapa feito por algum profissional e o mesmo era tão horrível que mais parecia um croqui feito a miguelhão do que um mapa?
Isso detona com qualquer profissional, fazendo o mesmo parecer um amador.
Acontece que este não é o único problema com o qual nos deparamos no dia a dia.
Existem mapas que em um primeiro olhar até parecem serem muito bem feitos e estarem ok.
Porém, basta darmos uma segunda olhada, mais cuidadosa que perceberemos que os mesmos não têm nem sequer os elementos básicos necessários.
Isso mesmo, existem 6 elementos que todo mapa precisa ter. No vídeo abaixo eu mostro que 6 elementos são estes.
Geoprocessamento – Erro 12 – Erro da pressuposição
Este é um outro erro muito grave que corremos o risco de cometermos no nosso dia a dia. O mesmo faz até mesmo profissionais experimentados perderem dinheiro.
Este erro é bem simples, nós pressupomos que o outro profissional saiba de algo quando, na realidade, ele não sabe.
Por exemplo, a ir-se a campo, você pede para seu ajudante carregar os materiais na caminhoneta, pressupondo que ele sabe quais equipamentos que precisam serem levados.
Com isso, não confere com o mesmo e a campo, a 50 km da sede da empresa, você percebe que que algum equipamento necessário não foi levado.
Perceba que culpa não é do seu ajudante e sim sua que pressupôs erroneamente que ele sabia o que precisava ser levado a campo.
E como que se extermina o erro da pressuposição?
Bem simples, com informação.
Reunindo-se com o ajudante e informando o mesmo.
Enfim, sempre que você perceber que está pressupondo algo, constate!
Confesso que eu mesmo, mesmo sabendo deste erro, de vez em quando cometo o mesmo.
Estes dias mesmo, estava na empresa e precisei pedir para meu colaborador fazer uma atividade simples, que era ir comprar uma fita adesiva em uma loja aqui perto.
Como na noite anterior, ao tomar banho eu havia sem querer dado uma cotovelada na saboneteira e deixado ela aos pedaços, aproveitei para pedir para ele aproveitar a ida à loja e também comprar uma saboneteira.
O mesmo chegou de volta na empresa com a fita adesiva e uma saboneteira destas de plástico que se coloca em cima da pia e não com a de se fixar na parede.
Perceba que foi erro meu que não deixei claro que tipo de saboneteira que queria.
E isso nos leva ao décimo terceiro erro.
Erro 13 – Falta de especificidade
Este é um outro erro terrível que muitos profissionais cometem e que detona com as chances de sucesso dos mesmos.
O mesmo está descrito inclusive no livro “As 16 leis do sucesso”.
Este erro, não saber pensar e se comunicar com especificidade detonará inclusive, com qualquer chance de sucesso que você possua.
Isso porque se analisarmos friamente, perceberemos que nossos pensamentos são as únicas coisas que realmente controlamos.
Porém, se você não consegue nem sequer manter algo na cabeça pelo mínimo de tempo necessário, mudando de ideia a todo momento, como é que conseguirá realizar algo.
Perceba que no exemplo do colaborador, que utilizei no tópico anterior, eu não fui tão especifico quanto deveria ser.
Eu disse para ele:
“Aproveite e também compre uma saboneteira, pois eu que quebrei a minha.“
Isso quando deveria ter dito:
“Aproveite e compre uma saboneteira, daquelas que são fixadas na parede do box do banheiro, pois eu quebrei a mesma.“
Perceba que a primeira frase é genérica e a segunda muito mais especifica. Que ao pensarmos e conversarmos, devemos buscar ser específicos, pois quando existe especificidade não existe falha de comunicação.
E ae? Alguma ficha caiu: 🙂
Bom, então vamos fazer o seguinte, não vamos correr o risco de eu achar que você conhece bem o treinamento ArcGIS expert e você não conhecer o mesmo.
Assista ao vídeo abaixo, poís no mesmo eu respondo as principais dúvidas a respeito deste que é o mais completo treinamento de ArcGIS do Brasil.
Domine a Topografia Cadastral através de um livro formado por centenas de exemplos práticos
Você quer dominar a Topografia Cadastral?
Então eu tenho uma ótima noticia para você. Me refiro ao livro Topografia Cadastral e Georreferenciamento de Imóveis Rurais na Prática.
O mesmo é dividido em 10 capítulos recheados com muitos estudos de caso e exemplos práticos. Dê uma espiadinha no sumário do mesmo:
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