Quais são as etapas e quais os diferentes produtos oriundos do mapeamento por drone. Se você possui esta dúvida, leia atentamente a este artigo.
Isso porque você acabou de colocar suas 2 mãos em um artigo completo sobre o tema. Lendo o mesmo você entenderá:
- Quais são as etapas no agisofth metashape;
- Qual a diferença entre processamento e pós processamento de dados de drone;
- Qual a diferença entre uma carta e uma planta e;
- Quais são as diferentes cartas e plantas oriundas do mapeamento por drone.
Quais são as etapas do mapeamento por drone no agisofth metashape
- Adicionar-se as fotos
- Converter-se o sistema de coordenadas para SIRGAS 2000;
- Fazer o alinhamento das fotos (o Agisofth metashape vai ler as Geotags e criar a nuvem de pontos espaçada);
- Importar os pontos de controle e fazer o registro dos mesmos;
- Gerar-se a nuvem de pontos densa e o mapa de profundidade;
- Criar-se o modelo 3D;
- Construir-se a textura para o modelo 3D;
- Geração do modelo digital de superfície (MDS);
- Geração do modelo digital de terreno (MDT);
- Geração do ortomosaico;
- Faz-se a verificação, utilizando-se os pontos de verificação (pontos de checagem do georreferenciamento);
- Geração das curvas de níveis.
Lembrando que estas são as etapas apenas no software. Caso deseje aprender as 7 etapas da topografia com drone, você precisará ler este outro artigo aqui do blog.
Qual a diferença entre processamento e pós processamento de imagens de drone
As 12 etapas mencionadas no item anterior fazem parte do processamento de imagens de um drone. Ou seja, são as etapas em um software de processamento de imagens de drone.
Os produtos oriundos de um software de processamento de imagens de drone são:
- Ortomosaico;
- Modelo Digital de Elevação (MDE);
- Modelo Digital do Terreno (MDT);
- Nuvem Densa de Pontos;
- Mapa de Uso de Solo e;
- Curvas de níveis.
Porém, se o mapeamento foi realizado com intuito de prestação de um serviço técnico, os dados gerados no software de processamento de imagens de drone precisarão ser tratados em um outro software. Ou seja, em um software de pós processamento.
Muitas vezes, o pós processamento consiste apenas na geração de plantas e mapas em um outro software, como, por exemplo:
- AutoCAD;
- ArcGIS ou;
- QGIS.
Naturalmente, dependendo das características do mapeamento por drone que você está realizando, pode ser que seu cliente solicite o projeto no Agisofth metashape, ou os diferentes produtos fotogramétricos no formato shapefile, geotiff e/ou .dxf/dwg.
Porém, o mais comum é o cliente solicitar que você entregue uma planta ou mapa.
Mapeamento por drone – Qual a diferença entre planta e mapa?
A principal diferença existente entre plantas e mapas é o grau de detalhamento dos dados. Plantas possuem escalas grandes, enquanto mapas possuem escalas pequenas.
A NBR 13.133 trás o seguinte conceito para planta topográfica:
Representação gráfica de uma parte limitada da superfície terrestre, sobre um plano horizontal local, em escalas maiores que 1:10000, para fins específicos, na qual não se considera a curvatura da Terra.
Já para mapas e cartas, a NBR 13.133 trás o seguinte conceito:
Representação gráfica sobre uma superfície plana, dos detalhes físicos, naturais e artificiais, de parte ou de toda a superfície terrestre – mediante símbolos ou convenções e meios de orientação indicados, que permitem a avaliação das distâncias, a orientação das direções e a localização geográfica de pontos, áreas e detalhes -, podendo ser subdividida em folhas, de forma sistemática, obedecido um plano nacional ou internacional. Esta representação em escalas médias e pequenas leva em consideração a curvatura da Terra, dentro da mais rigorosa localização possível relacionada a um sistema de referência de coordenadas. A carta também pode constituir-se numa representação sucinta de detalhes terrestres, destacando, omitindo ou generalizando certos detalhes para satisfazer requisitos específicos. A classe de informações, que uma carta, ou mapa, se propõe a fornecer, é indicada, freqüentemente, sob a forma adjetiva, para diferenciação de outros tipos, como, por exemplo, carta aeronáutica, carta náutica, mapa de comunicação, mapa geológico.
Com base nestes conceitos, podemos definir que uma planta deve ter maior detalhamento, devendo ter uma escala maior do que 1:10.000, enquanto mapas geralmente representam áreas mais amplas, tendo escalas menores.
São escalas normais de plantas:
- 1:500;
- 1:2.000;
- 1: 5.000;
- etc.
Já como escalas normais de cartas ou mapas, temos:
- 1:20.000;
- 1:50.000;
- 1:500.000;
- etc.
Quais são as diferentes cartas e plantas oriundas do mapeamento por drone
Fonte:
Agora que você conseguiu entender quais são as etapas do processamento de imagens de drone e qual a diferença entre planta e mapa, vamos mergulhar fundo nos diferentes tipos de plantas e mapas existentes.
Planta planialtimétrica cadastral
Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/planta-topografica_1772194
O primeiro dos produtos provenientes do mapeamento por drone é a planta planialtimétrica cadastral.
Para a produção deste produto cartográfico, você deve utilizar as curvas de níveis e os pontos cotados obtidos a partir do MDT.
Também é necessário que você faça a vetorização dos dados de interesse em cima do mosaico de ortofotos. Esta planta normalmente é utilizada em obras de engenharia e na atualização cadastral.
Carta planialtimétrica
Fonte: https://blog.droneng.com.br/
Os produtos utilizados para a produção de uma carta planialtimétrica são os mesmos utilizados na produção de uma planta planialtimétrica cadastral.
No caso, a diferença do mesmo para uma planta planialtimétrica está na escala dos dados que deve ser pequena. Com isso, existe generalização nos dados.
Ortofotocarta
Fonte: https://blog.droneng.com.br/
A ortofotocarta é uma carta que possui todos os dados existentes em uma carta planialtimétrica, possuindo também o mosaico de ortofotos.
Com isso, este produto fotogramétrico possui uma grande quantidade de informações visuais, o que torna o mesmo um produto atrativo e amplamente requisitado.
Lembrando que se o fator de escala for maior do que 1:10.000, a mesma será uma ortofotoplanta e não uma ortofotocarta.
Carta hipsométrica
Fonte: https://blog.droneng.com.br/
Para a produção deste produto fotogramétrico, utiliza-se:
- As curvas de níveis;
- Os pontos cotados obtidos a partir do MDT e;
- Um MDT gerado a partir das curvas de níveis.
O MDT é representado utilizando-se as cores hipsométricas, demonstrando de maneira visual a declividade do terreno. Este produto é utilizado para estudos altimétricos do relevo para obras de engenharia e planejamento urbano e rural.
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