Ortorretificação: o que é e como funciona?
O processo de ortorretificação é utilizado para a correção de imageamentos. O mesmo é necessário porque durante o voo as aeronaves e drones sofrem uma série de desvios conhecidos pelos nomes de Pitch, Row e Yam.
Com isso, o sensor ao imagear não está perfeitamente na vertical. Sendo que o que a ortorretificação faz nada mais é do que corrigir a imagem, colocando a mesma na posição correta, como se tivesse sido imageada perfeitamente na vertical.
Esta etapa é essencial ao trabalhar-se com imagens de diferentes fontes, como, satélites, aviões e drones, melhorando significativamente a acurácia dos dados.
Isso sem falar que além de corrigir as distorções internas (do sistema), o processo de ortorretificação também corrige as distorções externas (da paisagem), corrigindo a influência de vales e morros na geometria das imagens.
Com isso, imagens ortorretificadas são produtos de maior qualidade cartográfica, possuindo medidas de distâncias, áreas e direções mais precisas.
Naturalmente, é impossível remover-se todas as distorções geométricas de uma imagem. Isso porque o próprio processo de imageamento faz com que peguemos dados que são curvos (superfície topográfica) e projetemos para o plano (folha de papel ou tela do computador).
Como funciona o processo de ortorretificação?
O processo de ortorretificação exige que primeiramente as imagens sejam georreferenciadas. Para isso, o aconselhável é que se vá a campo e obtenha-se uma série de pontos de controle espacializados de maneira uniforme.
Uma vez que as imagens estejam georreferenciadas, o próximo passo é ortorretificar as mesmas.
Para isso são necessários pelo menos 3 ingredientes:
1 – Uma imagem raster com um modelo digital de elevação retratando a topografia do local cujas imagens serão ortorretificadas.
No caso, com o objetivo de obter-se uma melhor acurácia deve ser utilizado um Modelo Digital do Terreno (MDT), ou seja, um modelo digital de terreno e não um MDE (modelo digital de elevação), o que significa que a vegetação e as edificações foram removidas.
Naturalmente, caso não possua um MDT, você pode utilizar um MDE, porém saiba que os dados ortorretificas terão sua acurácia prejudicada pela presença de prédios e de vegetação.
2 – Os Coeficientes Polinomiais Racionais (RPCs) ou parâmetros orbitais, que foram fornecidos pela estação juntamente com a imagem bruta.
No caso, os mesmos retratam especificamente a atitude do sensor com relação a superfície da terra no exato momento em que a imagem foi gerada.
3 – Pontos de controle obtidos a campo com receptores GNSS. Os mesmos devem serem pontos na imagem de fácil localização a campo.
No caso do uso de drones, o aconselhável é a distribuição de uma série de alvos no chão e o rastreamento dos mesmos com um receptor GNSS.
Naturalmente, quanto mais pontos de controle forem utilizados melhor será o resultado final. Por exemplo, para o georreferenciamento de imóveis rurais o INCRA exige a utilização de pelo menos 20 pontos de controle.
Isso sem falar que quanto melhor for a acurácia do MDE e dos pontos de controle utilizados, melhor será o resultado final obtido no processo de orrtorretificação.
Logo, capriche utilizando receptores GNSS e métodos de obtenção de dados que possibilitem uma ótima acurácia.
Métodos utilizados para a ortorretificação de imagens
Existem 2 métodos que podem serem utilizados na retificação de imagens. São eles:
- Método analítico;
- Método baseado em modelos físicos.
Vamos entender melhor cada um dos métodos.
Método analítico
O método analítico não se preocupa com as especificidades e com a geometria dos dados coletados, utilizando somente os coeficientes polinomiais racionais no processo de retificação.
Com isso, a ortorretificação torna-se mais rápida e mais simples, porém a acurácia do resultado final não fica tão boa.
Ortorretificação baseada em modelos físicos
Este método leva em consideração inúmeros fatores que influenciam o resultado no momento do imageamento. Informações como, por exemplo:
- A posição exata do satélite no espaço no momento do imageamento;
- As características eletrônicas e óticas do sistema e;
- Os efeitos atmosféricos.
Naturalmente, ao levar em consideração todos estes fatores, este método possibilita a geração de resultados mais precisos, porém, a melhora é mínima e talvez não justifica o trabalho e a dificuldade adicionais.
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