Sensores Ativos e Passivos?
Sensores ativos e passivos, você acabou de colocar suas 2 mãos em um artigo definitivo a respeito do tema. Com a leitura do mesmo você aprenderá:
- O que é o sensoriamento remoto;
- Quais os elementos do sensoriamento remoto;
- O que são sensores ativos e passivos;
- Quais as características, aplicações e vantagens dos sensores passivos;
- Como funcionam e quais os tipos de sensores ativos existentes;
- E muito mais.
Prossiga a leitura com máxima atenção.
Sensores ativos e passivos – O que é o sensoriamento remoto
O Sensoriamento remoto é o conjunto de técnicas que possibilita a obtenção de informações sobre alvos sem a necessidade de contato físico com os mesmos.
Alvos estes que podem ser objetos, áreas ou fenômenos naturais ou artificiais.
Para a obtenção das informações necessárias, o sensoriamento remoto registra a interação da radiação eletromagnética com o alvo.
Com isso, uma vez que o espectro eletromagnético é conhecido, o resultado da interação do mesmo com o alvo revelará uma série de informações sobre o alvo.
Sensores ativos e passivos – Elementos do Sensoriamento Remoto
Para que possamos entender melhor o que são sensores ativos e passivos, precisamos entender quais são os 3 elementos fundamentais para o funcionamento de um sistema de sensoriamento remoto.
São eles:
- Objeto de estudo;
- Radiação Eletromagnética e;
- Sensor.
Sensores ativos e passivos
Os sistemas sensores também podem ser classificados em função da fonte de radiação eletromagnética em sensores ativos e passivos.
Vamos ver melhor os mesmos.
Sensores ativos e passivos – Os sensores passivos
Os sensores passivos atuam na região espectral do óptico. Região esta situada entre 400 nm e 2.500 nm.
Ou seja, os mesmos baseiam-se na utilização de sensores multiespectrais e de sensores hiperespectrais, através da utilização de múltiplas combinações de bandas.
Como não possuem fonte própria de energia, só podem operar em condições diurnas, quando existe luz solar para iluminar as áreas que serão imageadas.
O ideal é que o sol não esteja muito no horizonte, sendo que por causa disso, normalmente os satélites são configurados para que o imageamento das regiões de interesse seja feito entre as 10 horas da manhã e as 4 horas da tarde.
As imagens oriundas de sensores passivos estão sujeitas a uma série de erros.
Como exemplos temos:
- A presença de nuvens;
- Erros de órbita do satélite, drone ou avião ( pitch, roll e yam);
- A projeção utilizada, que é cônica e não ortogonal.
Devido a isso, as imagens precisam passar por uma série de correções antes de serem utilizadas.
Entre estas diferentes fontes de erros, a pior das mesmas é a presença de nuvens. Isso porque a mesma prejudica a qualidade das imagens, chegando muitas vezes a impossibilitar a obtenção de informações.
Tipos de Sensoriamento Remoto – Aplicações e Vantagens do Sensoriamento Remoto Passivo
Os sensores passivos são muito utilizados para a realização de estudos ambientais diversos e também, no acompanhamento da dinâmica de uso e ocupação do solo.
Entre os diferentes tipos de sensores passivos existentes, o mais icônico é o Landsat. Isso porque o mesmo é a missão de observação da Terra mais duradoura jamais existente.
Os dados obtidos pela missão Landsat são utilizados para as mais diversas aplicações. Como exemplos temos:
- Geologia;
- Cartografia;
- Ecologia;
- Agricultura e;
- Ciências marinhas.
Sensores ativos e passivos – Os sensores ativos
Os sensores ativos possuem sua própria fonte de energia, não precisando depender da luz solar. Com isso, os mesmos podem operar tanto no período diurno quanto no período noturno.
Outra característica deste tipo de sensor é que os mesmos costumam utilizar a faixa do espectro eletromagnética correspondente as micro-ondas.
Como o comprimento de onda nesta faixa é maior do que na faixa do visível, não sofre interferência dos gases existentes na atmosfera e nem mesmo do vapor de água ou das gotas de água durante uma chuva.
Com isso, os sensores ativos não precisam depender de condições climáticas favoráveis.
No entanto, a maneira como as micro-ondas interagem com os objetos é diferente de como a luz na faixa do visível interage com os mesmos.
Com isso, as mesmas não substituem as imagens oriundas dos sensores passivos.
Pelo contrário, normalmente as imagens do sensoriamento remoto óptico e as obtidas nas micro-ondas podem complementar-se, possibilitando assim uma maior riqueza de informações.
Como exemplos de sensores que utilizam o sensoriamento remoto ativo temos os radares e lidares.
Por exemplo, na imagem acima, podemos ver uma representação do ônibus espacial Endeavour fazendo um mapeamento para a missão SRTM.
Sensores ativos e passivos – Funcionamento de um sensor ativo
No sensoriamento remoto ativo, o sensor emite um pulso de radiação eletromagnética e recebe o eco emitido pela superfície terrestre.
Tendo como base o sinal recebido, o sensor consegue associar o mesmo a determinado tipo de alvo com base no comportamento espectral dos alvos.
De acordo com o site Earth Observing System, a maioria dos dispositivos utiliza micro-ondas, uma vez que são relativamente imunes às condições meteorológicas.
As técnicas de sensoriamento remoto ativo diferem pelo que transmitem (luz ou ondas) e pelo que determinam (por exemplo, distância, altura, condições atmosféricas, etc.).
Tipos de sensores ativos existentes
Existem 2 tipos de sensores ativos, radares e lidares. Lembrando que eu possuo artigos aqui no blog a respeito do funcionamento dos mesmos.
Para aprender mais a respeito dos mesmoos é só você acessar os links abaixo:
Resolução dos sensores
A resolução dos sensores remotos possui grande importância no sensoriamento remoto, sendo que quanto a resolução, os mesmos são dividido em 4 classes:
A resolução espacial diz respeito à capacidade do sensor em dividir ou resolver os elementos na superfície terrestre.
Quanto melhor a resolução espacial, maior o nível de detalhe observado.
A resolução espectral caracteriza a capacidade do sensor em operar em varias bandas espectrais. Os sensores que operam em centenas de bandas são conhecidos como hiper-espectrais.
A resolução radiométrica está relacionada ao nível de sensibilidade do sensor em detectar pequenas variações radiométricas.
A resolução temporal é definida em função do tempo de revisita do sensor para um mesmo ponto da superfície terrestre.
Caso deseje aprender mais a respeito dos diferentes tipos de resoluções existentes é só você acessar os links acima.
Sensores ativos e passivos – Artigos a respeito do sensoriamento remoto
Lembrando que aqui no blog eu possuo vários artigos a respeito do sensoriamento remoto. Seguem os links de acesso a 5 deles:
> Tipos de Sensoriamento Remoto…
> O Sensoriamento Remoto: conceitos, história e componentes…
> Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento…
> Aplicações do sensoriamento remoto…
> Sensoriamento Remoto pdf: 6 livros gratuitos que você deveria ler…
Sensores ativos e passivos – Satélites, suas características e aplicações
Também possuo artigos a respeito dos diferentes satélites de sensoriamento remoto. Separei alguns deles para você.
> RapidEye: Histórico, Características e Aplicações…
> Alos: Conheça este fabuloso satélite e suas imagens…
> CBERS 4 e CBERS 4a: História e Aplicações…
> Landsat: histórico e aplicações…
> Ikonos: imagens, características e aplicações….
> GeoEye: um poderoso satélite com resolução espacial submétrica…
> QuickBird: Um satélite com uma alta resolução…
> Wordview: tudo que você precisa saber a respeito…
> Sentinel: histórico, características e aplicações…
Além disso, possuo vários cursos e livros práticos.
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