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SIGEF INCRA: Como a Área é Calculada?

Uma das principais dúvidas sobre o funcionamento do SIGEF INCRA é a respeito de como que a área é calculada.

E você sabe como que este cálculo é feito?

Sabe como fazer a transformação dos dados para que os mesmos fiquem de acordo com as exigências do SIGEF?

Sabe como configurar a planilha ods?

Neste artigo eu irei responder estas dúvidas. Porém, antes disso, deixe-me lhe indicar outros 2 artigos brilhantes sobre georreferenciamento de imóveis rurais. São eles:

> Incra georreferenciamento. 6 dúvidas cabeludas respondidas…
> Georreferenciamento de imóveis: Descubra quais são as 4 simples etapas…

Para que você entenda como que a área é calculada pelo SIGEF, eu terei que primeiramente fazer uma introdução ao problema do calculo de área. Isso porque somente assim conseguirei explicar como que o calculo da mesma é feito.

 

SIGEF INCRA e o problema do cálculo da área


O calculo da área é um problema difícil de ser solucionado. Isso porque o planeta não é um plano, mas sim um elipsoide.

Perceba que para que a área seja calculada, a terra precisa ser achatada, levando-se a mesma para o plano. O problema é que isso causa distorções, sendo que todo método de projeção dos dados irá distorcer áreas e ângulo ou ambos.

Por causa disso, existem diferentes projeções cartográficas.

Com isso, dependendo da aplicação, determinada projeção será a mais indicada. Entre todas as projeções, a que preserva ângulos, distorcendo muito pouco as áreas desde que os limites dos fusos seja respeitados é a projeção de mercator (projeção utm).

Por causa disso, a mesmo é amplamente utilizada.

 

Entendendo como que o SIGEF INCRA calcula a área

O problema é que na projeção UTM, mesmo a distorção sendo pequena, ela existe, sendo que o SIGEF não pode utilizar a mesma para o calculo de áreas. A solução encontrada foi a utilização do plano topográfico local.

O mesmo é um plano de aproximadamente 50 km². Em áreas com até este tamanho, a influência da curvatura da terra é mínima, sendo este o motivo que levou o sigef incra a adotar este plano.

O problema é que ao adotar o plano topográfico local para o calculo de área, o SIGEF perde sua maior característica que é a capacidade de geoespacialização dos dados.

A solução encontrada para este problema é a importação dos dados para o SIGEF em coordenadas geográficas ou UTM. Com isso, as coordenadas inseridas na planilha ods devem estar em uma destas configurações, no datum SIRGAS 2000, época 4.

Ao adotar-se este procedimento, a capacidade de geoespacialização dos dados é mantida. No entanto, para a geração da planta e do memorial descritivo, o SIGEF transforma os dados para o plano topográfico local.

Ao adotar este procedimento, ambos os problemas, geoespacialização dos dados e cálculo da área são resolvidos.

Outro sim, quando se fala em cálculo de área existem algumas dúvidas que são bem comuns em relação ao assunto. Por exemplo, como que o receptor deve estar configurado?

A resposta para esta dúvida é bem simples, o receptor deve estar configurado preferencialmente para a obtenção dos dados em coordenadas sirgas 2000 geográficas. Isso pela necessidade de processamento e ajustamento dos dados.

Além disso, na hora de importar os dados para a planilha ods, você precisa informar se os dados estão em coordenadas geográficas ou UTM. Neste artigo eu mostrei de maneira passo a passo como preencher a planilha ods.

No vídeo abaixo eu passo mais algumas dicas a respeito de como o SIGEF INCRA calcula a área.

É isso por este artigo. Lembrando que eu possuo uma série de cursos e de livros práticos. Se você que MERGULHAR FUNDO e aprender com exemplos práticos, acesse este link e conheça os mesmos.

Gratidão por você ter lido o artigo. 🙏

 

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