Um modelo digital de terreno nada mais é do que um modelo que representa a topografia do terreno de determinada área de interesse. Sendo que um modelo digital de terreno normalmente é obtido a partir de uma destas 2 maneiras:
- Correção de um modelo digital de elevação via eliminação da vegetação e das estruturas artificiais (prédios, torres, casas, pavilhões, etc).
- Dados obtidos a campo com estações totais e receptores GNSS.
Diante disso, a pergunta que fica é:
O que é um modelo digital de elevação?
Um modelo digital de elevação nada mais é do que um modelo de representação das altitudes da superfície topográfica que leva em consideração a cobertura vegetal e edificações.
Neste artigo eu abordo melhor esta temática….
Diante disso, eu lhe pergunto:
- Você sabe como baixar dados para a geração de um modelo digital de elevação (também conhecido como modelo digital de superfície)?
- Sabe como gerar um modelo digital do terreno a partir de um modelo digital de elevação?
- Sabe quais sensores disponibilizam dados que podem serem utilizados para a produção de modelos digitais de elevação?
- Sabe que cuidados precisa ter durante a obtenção de dados?
- E ao utilizar drones, sabe como deve proceder para obter um modelo digital de terreno a partir do modelo digital de elevação?
- Enfim, são tantas perguntas que ficam martelando nossas mentes. Não é verdade?
Porém, não se preocupe que com a leitura deste artigo você aprenderá tudo que precisa saber sobre modelo digital de terreno.
Que sensores disponibilizam dados para a produção de um modelo digital de terreno?
Atualmente, um modelo digital de terreno pode ser produzido a partir de dados gratuitos baixados das missões ASTER e SRTM.
Porém, preste atenção, é importante que você saiba que a resolução espacial dos dados obtidos com os sensores ASTER e SRTM fica no entorno de 30 metros, existindo outros sensores que disponibilizam dados com uma resolução espacial menor.
Porém, infelizmente para obter dados a partir destes outros sensores você precisará abrir sua carteira.
Tome este cuidado ao gerar um modelo digital de terreno
Na realidade, o que indicará quais dados você utilizará será a análise que você está realizando.
Por exemplo, para uma aplicação ambiental você poderá utilizar dados SRTM com uma acurácia espacial de 30 metros.
Já se o seu objetivo for a produção de um modelo digital do terreno que possibilite a previsão do fluxo de água gerado em enchentes…
Provavelmente precisará melhorar o modelo gerado a partir de dados SRTM, utilizando para isso dados obtidos a partir de cartas topográficas e a campo, com receptores GNSS e/ou estações totais.
Porém, se você estiver realizando um estudo de caso mais especifico, como, por exemplo, determinação de escoamento e depósito de matéria orgânica para um projeto de créditos de carbono, precisará fazer o mapeamento da bacia hidrográfica com a utilização de um receptor GNSS RTK.
Ou seja, a precisão do modelo digital gerado dependerá diretamente do método de obtenção de dados.
Além disso, normalmente os dados obtidos a partir de sensores orbitais possibilitam a geração de modelos digitais de elevação e não de modelos digitais do terreno.
Ou seja, você precisará transformar o modelo digital de elevação em modelo digital do terreno.
Transformação do modelo digital de elevação em modelo digital do terreno
Para a transformação do modelo digital de superfície (MDS) em modelo digital do terreno (MDT) você precisará utilizar um processo chamado de filtragem.
A filtragem consiste na utilização de algoritmos que levam em consideração as características estocásticas dos dados (estatística) para excluir os dados inerentes a vegetação e as estruturas artificiais (Prédios, casas, pavilhões, torres, etc).
Desta maneira, os dados restantes são os referentes a altitude ao nível do solo, sendo que a interpolação dos mesmos possibilita a geração de um modelo digital de terreno.
O problema é que dependendo da área de estudo e das características da aplicação, pode-se ser necessário a ida a campo para a obtenção de dados extras que possibilitem a geração de um modelo digital de terreno mais condizente com a realidade.
Imagine, por exemplo, que você está mapeando um local cuja vegetação nativa é a mata atlântica.
Provavelmente grande parte da área terá vegetação alta, sendo que dependendo da aplicação você precisará ir a campo obter dados.
Como baixar dados para a construção de um modelo digital de terreno pela internet?
Para baixar dados brutos SRTM o processo é um pouco mais complicado, sendo necessário fazer um cadastro.
Por causa disso o caminho mais fácil é baixar os mesmos a partir do projeto TOPODATA.
Projeto TOPODATA
O projeto Topodata, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) teve como intuito a criação de um modelo digital de elevação do território brasileiro. O mesmo utilizou dados SRTM disponibilizados pelo USGS na rede mundial de computadores, possuindo uma acurácia de 30 metros.
Um dos grandes legados do projeto TOPODATA é a série de cartas topográficas referentes ao território nacional.
Além disso, a partir do INPE é possível baixar dados SRTM de qualquer lugar do território brasileiro. para isso é só acessar este link.
Também é possível baixar diferentes informações. Leia este PDF produzido pelo laboratório de geotecnologias da UPM caso deseje saber mais a respeito.
Como gerar um modelo digital do terreno com dados obtidos com drones
Sempre que você fizer um mapeamento com a utilização de drones obterá dados que levam em consideração o topo da vegetação e das estruturas artificiais existentes na área mapeada.
Ou seja, você também precisará fazer a filtragem dos dados, ficando apenas com os dados referentes a superfície topográfica. Para isso você precisará utilizar um software especifico.
Entre os softwares mais conhecidos que fazem o tratamento de dados obtidos com drones temos:
- PIX4D;
- AGISOFT METASHAPE; E
- Drone2Map.
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