A produção de um mapa de declividade é essencial porque mapas de declividade servem de base para uma série de outras análises como, por exemplo:
- Determinação de APPs de topo de morro;
- Criação de modelos digitais de elevação;
- Geração de curvas de níveis;
- Extração da drenagem;
- Geração de relevo sombreado e;
- Delimitação de microbacias.
Desta maneira, pouco importa se você utiliza o QGIS ou o ArcGIS, saber gerar um mapa de declividade (ou somente as declividades propriamente ditas) se faz essencial.
Porém:
- Você sabe que dados que devem serem utilizados na geração de um mapa de declividade e como baixar os mesmos?
- Sabe quais são as classes que um mapa de declividade deve ter?
- Sabe como gerar mapas de declividade no ArcGIS e no QGIS.
Se a resposta para estas perguntas for não, não se preocupe que com a leitura deste artigo você aprenderá simplesmente tudo que precisa saber para produzir mapas de declividades.
Então vamos ao artigo propriamente dito.
Quais dados devem serem utilizados para a geração de um mapa de declividade e como baixar os mesmos?
Para a geração de um mapa de declividade você deve utilizar dados ASTER ou SRTM.
A Missão Topográfica Radar Shuttle (acrônimo em inglês SRTM) é uma missão espacial cujo objetivo foi a obtenção de um modelo digital do terreno da zona da Terra entre 56 °S e 60 °N.
A mesma foi criada com intuito de gerar uma base completa de cartas topográficas digitais terrestres de alta resolução.
A SRTM consistiu em um sistema de radar especialmente modificado que voou a bordo do Endeavour (ônibus espacial) durante os 11 dias da missão STS-99, em Fevereiro de 2000.
Para adquirir dados de altimetria estereoscópicos, a missão SRTM contou com dois reflectores de antenas de radar. Um reflector-antena estava 60 metros separado do outro graças a um extensor que ampliava a envergadura do shuttle no espaço.
A técnica utilizada conjuga software interferométrico com radares de abertura sintética (SAR).
Veja uma imagem esquemática do ônibus espacial Endeavor e a técnica utilizada pelos reflectores.
Nesta outra imagem você pode ver um modelo digital de terreno criado com dados SRTM.
Para baixar dados SRTM, aconselho que ao invés de baixar pelo site da USGS, você baixe a partir do projeto topodata.
Isso porque o projeto Topodata é um projeto do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) que teve como intuito a criação de um modelo digital de elevação do território brasileiro.
Classes que um mapa de declividade deve ter
Em 1979 a EMPRAPA sugeriu a utilização de uma série de classes de declividade, sendo que a partir de então a mesma passou a ser a classificação mais utilizada pelos cientistas para a classificação das declividades.
Na imagem abaixo você pode ver as diferentes classes de declividade que um mapa deve ter.
Como gerar mapas de declividade no ArcGIS
O Jorge Santos que é um dos maiores especialistas em Geotecnologias do Brasil produziu um fabuloso tutorial em vídeo sobre o assunto.
Para assistir o mesmo e, caso deseje, baixar o tutorial é só acessar este link.
Como gerar mapas de declividade no QGIS
O nosso amigo Narcélio de Sá produziu um ótimo tutorial mostrando como produzir um mapa de declividade no QGIS.
Seguem os links de acesso ao mesmo:
- Cálculo de Declividade No QGIS 2.2 – Narcélio Geotecnologias
- Mapa de Declividades No QGIS 2.2 – Narcélio Geotecnologias
Mapa de declividades disponível na WEB
A partir do site CPRM é possível baixar mapas de declividade de qualquer lugar do território nacional.
É isso por este artigo. Lembrando que eu também possuo uma série de cursos práticos e de livros.
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