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Estação Total de Topografia?

Estação total de topografia, você acabou de colocar suas 2 mãos em um artigo definitivo sobre o tema.

Com a leitura do mesmo, você aprenderá:

Prossiga a leitura com máxima atenção.

 

O que é uma estação total de topografia

A estação topografia de topografia, também conhecida como taqueômetro eletrônico é um instrumento que mede ângulos e distâncias.

Na realidade, as estações totais nada mais são do que o resultado da união de um teodolito com um distanciômetro eletrônico em um único equipamento.

Toda estação total de topografia possui um software interno, sendo que, com isso, as mesmas conseguem armazenar dados e executar cálculos com os mesmos.

 

Como uma estação total de topografia funciona?

 

Para a obtenção de dados, a estação total de topografia utiliza um feixe de raios laser, o qual é emitido, bate em um prisma e volta até a estação total.

O tempo que o raio demora entre sua emissão e a chegada de volta na estação total e o ângulo de rotação da mesma possibilitam que o computador interno calcule o ângulo e a distância do ponto.

No caso, a estação total se baseia na utilização do plano topográfico, utilizando o espaço euclidiano, sendo que a mesma utiliza coordenadas plano retangulares ((X, Y e Z).

Neste artigo eu explico de maneira detalhada como que uma estação total de topografia faz a determinação de coordenadas.

Uma vez que o usuário tenha obtido os dados de todos os pontos de interesse é só o mesmo baixar os dados para um computador, levar os mesmos para um ambiente CAD e fazer os desenhos e cálculos necessários.

 

Partes de uma estação total de topografia

Na imagem abaixo você pode ver uma estação DTM-652 da Nikon. Na mesma é possível ver as diferentes partes que compõem uma estação topografia.

Vamos analisar cada uma das diferentes partes e ver quais que são as funções das mesmas. Para isso vamos começar pela parte superior esquerda da tela do computador e avançar em sentido horário.

1 – Teclas de montagem da bateria: como o próprio nome diz, servem para a montagem da bateria.

2 – Marca de alinhamento: serve para alinhar a estação total de topografia.

3- Chamada vertical: também conhecido como “parafuso de chamada da vertical”. O mesmo serve para fazer o ajuste fino do equipamento na vertical, colocando-se o mesmo bem sobre o prisma.

4 – Trava da vertical: serve para uma vez que o equipamento esteja bem sobre o ponto, travar o mesmo.

5 – Trava da base: serve para travar e destravar a base, possibilitando que a estação total de topografia seja retirada da mesma, ficando-se apenas com a base de nivelamento. Nem todas as marcas e modelos de estação total de topografia possibilitam a separação da estação de sua base.

6 – Marca de alinhamento: serve para alinhar a estação total de topografia.

7 – Tela e teclado na face 1: possibilita a configuração interna do equipamento e a obtenção de dados.

8 – Bolha tabular: a mesma serve para fazer-se o nivelamento da estação total. Além desta bolha, a estação total também possui um nível de cantoneira em sua base de nivelamento.

9 – Cobertura do retículo: como o próprio nome diz, serve para a cobertura do retículo da estação total.

10 – Anel de dioptrias: possibilita o ajuste do foco do equipamento.

11 – Ocular da luneta: possibilita a visualização do prisma.

12 – Anel de focalização: é utilizado no processo de focalização do prisma.

13 – Mira óptica (buscador): possibilita a colocação do equipamento mais ou menos sobre o ponto, facilitando o processo de obtenção de dados.

As 5 etapas da obtenção de dados com uma estação topografia

A partir de agora eu irei abrir meu baú do tesouro e mergulhar fundo, cobrindo de maneira cirúrgica cada uma destas etapas.

 

Etapa 1 – Reunião com o cliente

Muitos profissionais ao operar uma estação total de topografia subestimam esta etapa. Com isso, acabam se estressando e perdendo muito tempo e muito dinheiro.

Isso porque não obtém um número suficiente de informações junto ao cliente.

Logo, não cometa este erro.

As etapas da reunião com o cliente podem variar dependendo do serviço que você irá prestar. Neste artigo, eu usarei de base um serviço de topografia cadastral, pois este é um serviço que exige uma maior quantidade de dados cadastrais.

As etapas do mesmo são:

 

Reunião com o cliente – Conhecendo a situação cadastral do imóvel rural

Na reunião com o cliente, você precisa se informar a respeito do imóvel, descobrindo qual a situação cadastral do mesmo.

Ou seja, se o mesmo possui 1 matrícula ou mais, ou se é uma área de posse.

Caso o imóvel possua matrícula, peça uma certidão atualizada da mesma para seu cliente. Ou se for o caso, vá você mesmo até o registro de imóveis e consiga uma certidão atualizada da matrícula.

Enfim, o que interessa para você é a realidade jurídica e não a realidade física.

 

Reunião com o cliente – Conhecendo as características físicas da área que será mapeada

Você também precisa se informar a respeito das características físicas da área que será mapeada. Aproveite a presença do cliente, abra o Google Earth e analise a área que será mapeada juntamente com o mesmo.

Nesta etapa, tome os seguintes cuidados:

Um procedimento essencial: crie um pasta no sistema de pastas de sua empresa com o nome de seu cliente e coloque todo o documental e arquivos gerados na mesma.

Por exemplo:

Enfim, toda e qualquer informação e documento que possa ser útil.

 

Reunião com o cliente – Obtenção dos dados cadastrais

Uma vez que você conheça a situação cadastral e as características físicas do imóvel, precisará obter uma série de dados cadastrais. Dados estes que variam dependendo da natureza do serviço que você irá prestar.

Vou trazer um resumo dos diferentes dados cadastrais necessários para um serviço de topografia cadastral. Isso porque este é um dos serviços que exige maior quantidade de dados cadastrais.

Alias, aqui está um dos erros mais cometidos pelos profissionais. Isso porque a prestação de serviços de topografia normalmente é divida em 2 partes.

Perceba que a parte técnica está 100% no seu controle. Ou seja, uma vez que você saiba o passo a passo de prestação do serviço é só seguir o mesmo.

A parte humana por outro lado, nunca estará 100% no seu controle. isso porque você está lidando com pessoas, existindo pessoas mais acessíveis e pessoas que fazem questão de tornar as coisas complicadas.

Ou seja, tudo que envolver lidar com pessoas é o que costuma mais causar problemas.

Por exemplo, é normal por causa de um único dado cadastral, um serviço que parecia ser simples, acabar se arrastando por meses e mais meses.

Com isso, você acabar se estressando, perdendo tempo e dinheiro neste processo.

Perceba que você precisa ser metódico, buscando obter as diferentes informações cadastrais necessárias o mais rapidamente possível.

No caso, para um serviço de topografia cadastral, você precisará obter dados:

Logo, escaneie os documentos (CPF e RG) de seu cliente e da conjugue dele e também, a certidão do imóvel e coloque os mesmos na pasta que você criou.

Caso você não possua um scanner, crie um arquivo de texto e coloque no mesmo os diferentes dados cadastrais.

Caso seja necessário, imprima e entregue para seu cliente um chacklist com os diferentes dados necessários. Instrua o mesmo a conseguir estes dados até o dia da ida a campo.

Segue um modelo de chacklist com as informações necessárias para um processo de georreferenciamento:

Enfim, perceba que ao operar uma estação total de topografia, o fator humano é um inimigo invisível que precisa ser exterminado o mais rapidamente possível.

Se você subestimar o mesmo, uma coisa é certa, você será nocauteado, vendo um serviço que era para ser rápido e lucrativo se tornar um monstro que está fazendo você se estressar, perder tempo e dinheiro.

 

9 perguntas para você fazer para seus clientes

Agora que você sabe como proceder na reunião com o cliente, elaborei algumas perguntas que você poderá fazer para o mesmo.

1 – Onde é o local?

2 – Existe algum ponto de referência para localizar o imóvel?

3 – Existe matrícula/transcrição do imóvel?

4 – Qual o motivo do trabalho?

5 – Qual o tipo do trabalho (planimetria, altimetria, planialtimetria, batimetria, Georreferenciamento – INCRA, usucapião…)

6 – Qual a declividade do terreno? É plano?

7 – Como é o adensamento de vegetação? O local é limpo?

8 – Qual o tamanho aproximado da área? (É o que consta na matrícula?)

9 – Há sangas, rios…? O limite é pelo álveo do rio? O limite é por alguma cerca que costeia o rio? Onde que é?

Enfim, use sua criatividade para obter o máximo possível de informações que conseguir sobre a propriedade.

 

Estação total de topografia – Etapa 2 – Preparação para a ida a campo

A preparação para a ida a campo pode ser dividida em 3 etapas.

Neste artigo eu mostro as 7 etapas de um levantamento de terreno, entrando mais a fundo nas 3 etapas da preparação para a ida a campo.

 

Estação topografia – Procedimento a campo

O procedimento a campo ao operar estação total de topografia é dividido em 2 conjuntos de etapas.

Instalação do tripé

Uma vez que você chegou a campo, a primeira coisa que você deve fazer ao operar umaestação total de topografia é a instalação do tripé sobre o apoio topográfico.

No caso, a NBR 13.133 trás o seguinte conceito para apoio topográfico:

Conjunto de pontos planimétrico, altimétrico, ou planialtimétrico, que dão suporte ao levantamento topográfico.

Ou seja, o apoio topográfico são pontos que amarram o terreno com o plano topográfico.

Para a obtenção de dados, você pode utilizar coordenadas aleatórias (conhecidas como cotas), utilizando como ponto de amarração um piquete.

Ou, dependendo da natureza do serviço, pode utilizar um marco geodésico, utilizando o datum oficial do pais como apoio topográfico.

Um vez que você tenha definido o apoio topográfico, instalará o tripé, sendo que a instalação do mesmo pode ser dividida em 3 etapas.

Etapa 1 da instalação do tripé – Colocação do tripé sobre o ponto

Ao operar estação total de topografia, para estacionar o equipamento sobre um determinado ponto topográfico, o primeiro passo é a colocação do tripé sobre o piquete ou marco topográfico.

Tome o cuidado de instalar o mesmo o mais no centro do piquete possível e com a mesa nivelada.

Para facilitar os serviços faça uma marca no centro do piquete. A mesma representará o ponto topográfico.

 

Estação total de topografia – Etapa 2 da instalação do tripé – Nivelamento grosseiro

Uma vês que o tripé esteja aberto, o mesmo deve ser colocado sobre o piquete e levantado até que fique com a mesa na altura do peito.

Abra as pernas do tripé e coloque-o sobre o ponto. Tome o cuidado de deixar o tripé aberto numa posição intermediaria, nem muito fechado, nem muito aberto.

 

É importante tomar o cuidado de deixar bem sobre o piquete e a mesa bem nivelada, pois a velocidade e facilidade dos procedimentos seguintes dependem deste procedimento.

 

Etapa 3 da instalação do tripé – Nivelamento fino

Coloque a estação total de topografia sobre o tripé e, olhando pelo prumo ótico, ou utilizando o prumo laser, coloque a mesma bem sobre o ponto.

Ao operar estação total, para colocar a mesma sobre o piquete é necessário posicionar-se no lado oposto a uma das pernas e levantar o tripé pelas outras duas.

Pegue o tripé em uma altura intermediaria nas pernas e movendo-se em direção a marca no centro do piquete, sentando o tripé quando o prumo lazer tiver sobre o ponto.

Tome o cuidado para levantar e mover o tripé em um movimento sincronizado das mãos, não levantando mais uma mão do que a outra. Desta maneira, você não corre o risco de deixar o tripé muito desnivelado quando for “sentar” novamente o mesmo.

Olhe novamente para a figura acima e cuide atentamente aos detalhes. Perceba, por exemplo, a posição na qual estou assegurando o tripé e a posição dos cotovelos. Que os mesmos estão perto do corpo, de certa forma que os antebraços fiquem abertos.

Que ambas as mãos estão na mesma altura e que o movimento é sincronizado.

Perceba também que ao operar estação total, eu parei entre 2 pernas do tripé, com a terceira perna na minha frente. Ao agir desta maneira, pegando o tripé em uma posição intermediária, tenho total controle do mesmo.

Com isso, consigo levantar o equipamento por 2 pernas, deixando a perna da minha frente no chão e, posteriormente, movimentar o equipamento em um movimento sincronizado de ambas as mãos, de certa maneira que o prumo lazer fique na marca do piquete.

Uma vez feito isso, é só sentar o tripé, de certa maneira que o equipamento fique sobre o ponto e praticamente nivelado.

 

Ao operar estação total, cale bem as pernas do tripé no chão. Este procedimento é extremamente importante porque vai tornar mais difícil um desnivelamento acidental da estação total de topografia.

Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.110).

Faça o nivelamento grosseiro pelas pernas do tripé, pois este ainda está muito desnivelado.

Perceba que não adianta mexer apenas nos parafusos calantes. Isso porque os mesmos são curtos. A ideia é deixar o equipamento praticamente nivelado.

Olhe novamente para a posição das mãos e dos dedos. Perceba que com a mão direita eu assegurei uma das partes de cima da perna do tripé e, com a outra mão, ambas as partes.

Cuide a função de cada um dos dedos:

Ao posicionar as mãos desta maneira, ao operar estação total, possuo controle total da perna do tripé. Ou seja, posso destravar a mesma com o dedo mínimo e travar com o pulso a hora que quiser.

Também posso movimentar as seções da perna conforme desejar, deixando a perna exatamente na altura que quero.

Uma vês que o nivelamento grosseiro tenha sido feito, a próxima etapa é fazer o nivelamento fino pelo software da estação.

 

Operar estação total de topografia – Etapas no software da estação total de topografia

Seguem as etapas no software da estação:

No Treinamento Estação Total na Prática eu ensino o passo a passo de operação das diferentes estações totais existentes.

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Estação total de topografia – Precisão dos dados

Para a determinação das distâncias, os instrumentos existentes dentro das estações totais utilizam scanner eletro-óptico de códigos de barra digitais os quais possuem uma extrema precisão.

Desta maneira, as estações totais de melhor qualidade são capazes de medir ângulos abaixo de 0,5″ e determinar distancias com uma precisão de cerca de 0,1 milímetro.

Na realidade, é importante que você saiba que existe toda uma série de classificações e de acurácias que uma estação total de topografia deve obedecer.

A NBR que aborda esta temática é a 13.133. Na página 7 a mesma trás uma tabela com as classificações das estações totais.

Perceba que de acordo com a precisão, existem 3 categorias de estações totais. Ao comprar uma estação total de topografia é aconselhável que você sempre leve esta tabela em consideração.

 

Os diferentes tipos de estações totais existentes

Com o passar do tempo e com os avanços tecnológicos as estações totais se dividiram em uma vasta gama de equipamentos. Desta maneira temos, por exemplo, estações totais que realizam medições com e sem prisma.

Uma segunda classificação das estações totais é se as mesmas são robóticas ou não.

E ainda temos equipamentos mais novos, que estão vindo com um scanner laser acoplado. Desta maneira, é possível realizar-se o escaneamento de até 26 mil pontos por segundo.

Naturalmente, o preço varia muito, existindo equipamentos que custam menos de R$ 10.000,00 reais até equipamentos que custam no entorno de R$ 100.000,00 reais.

Muito obrigado pela leitura e nos vemos em um próximo artigo.

Vídeo a respeito do assunto.


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