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Análise Geográfica: O Que É e Como fazer?

Análise geográfica, você acabou de colocar suas 2 mãos em um artigo definitivo a respeito do tema.

Com a leitura do mesmo você aprenderá:

Prossiga a leitura com máxima atenção.

 

Analise Geográfica

A realização de análises geográficas através de operações de consulta e manipulação de dados geoespaciais constituem a essência de um sistemas de informações geográficas (SIGs).

No caso, os SIGs (também conhecidos como GISGeographic Information System) são sistemas que facilitam a análise espacial das diferentes aplicações sócio-ambientais.

O que diferencia os mesmos de outros sistemas de informação como, por exemplo, Cartografia Automatizada e Projeto Auxiliado por Computador (CAD) é justamente a capacidade de realizar análises geográficas.

Basicamente, o que um SIG faz é tendo como base dados de entrada, utilizar algoritmos para realizar simulações (modelos), possibilitando assim a obtenção de informações a respeito de fenômenos do mundo real, seus aspectos ou parâmetros.

 

Análises geográfica e o aspecto fundamental dos dados

De acordo com arquivo oficial do INPE, o aspecto mais fundamental dos dados tratados em um SIG é a natureza dual da informação:

No caso, um SIG engloba pessoas, dados, software e hardware, permitindo a utilização e o armazenamento de dados geoespaciais.

Na realidade, Toda análise por geoprocessamento pode ser entendida como um sistema, possuindo dados de entrada, processamentos e dados de saída.

Os dados de entrada, por sua vez, precisam de alguma maneira ser abstraídos do mundo real, sendo que para isso, os profissionais podem utilizar técnicas de obtenção direta de dados, como, por exemplo:

Ou utilizar o sensoriamento remoto, utilizando para isso sensores orbitais e sub-orbitais.

Os processamentos, por sua vez, são realizados em softwares específicos, os quais possuem como base um datum.

Com isso, não tem como o profissional trabalhar com um sistema de informação geográfica sem primeiramente entender de Cartografia.

Todo processamento, na realidade, é formado por um ou mais algoritmos que tendo como base os dados de entrada, irão gerar os resultados finais.


Olhe novamente para a imagem abaixo e perceba isso.

 

 

Que toda análise por Geoprocessamento precisa de dados de entrada e de processamentos, gerando como resultado final os dados de saída.

Neste contexto, Fitz (2008) conceituou um sistema de informação geográfica como:

Um sistema constituído por um conjunto de programas computacionais, o qual integra dados, equipamentos e pessoas com objetivo de coletar, armazenar, recuperar, manipular, visualizar e analisar dados espacialmente referenciados a um sistema de coordenadas conhecido.

 

Análise geográfica – Origem dos SIGs

O primeiro relato da utilização de dados geoespaciais para a tomada de decisão que se tem relato, surgiu em Londres, em 1854.

Naquele ano a cidade estava sofrendo com uma grave epidemia de cólera, sendo que na época ainda não se conheciam as suas formas de contaminação.

Diante deste cenário, o doutor John Snow teve a ideia de colocar no mapa da cidade a localização dos doentes de cólera e a localização dos poços de água.

Esta simples espacialização dos dados permitiu que Snow percebesse que a maioria dos casos estavam concentradas em torno do poça da Broad Street, ordenando o lacramento deste poço.

Fato este que contribuiu radicalmente para a redução dos casos da doença.

 

Análise geográfica – Funcionamento de um SIG

 

Fonte da imagem:

Um sistema de informação geográfica separa a informação em diferentes camadas temáticas, armazenando as mesmas de maneira independente.

Com isso, é possível trabalhar-se com as mesmas de maneira simples e rápida, o que permite que o analista relacione as informações existentes através da posição e da topologia dos objetos, gerando novas informações.

Os formatos de dados normalmente utilizados em um sistema de informação geográfica são os dados vetoriais, sendo que também existem imagens raster.

 

Formato raster

 

 

O formato raster centra-se nas propriedades do espaço, compartimentando-o em células regulares, normalmente quadradas, mas que também podem ser retangulares, triangulares ou hexagonais.

Cada célula, por sua vez, apresenta um único valor. Quanto maior for a dimensão de cada célula (resolução) menor é a precisão ou detalhe na representação do espaço geográfico.

De uma maneira mais simples de entender, imagine que cada imagem raster é como um enorme quebra-cabeça, sendo que cada pixel é como cada uma das peças que fazem parte do quebra-cabeça.

A única diferença é que no formato raster cada pixel (peça do quebra-cabeça) armazena um único valor.

 

 

Análise geográfica – Formato vetorial

 

No formato vetorial por sua vez, o foco das representações centra-se na precisão da localização dos elementos no espaço.

Com isso, para modelar digitalmente as entidades do mundo real o formato vetorial utiliza essencialmente três formas espaciais:

Outro sim, o formato de dados tradicionalmente utilizado por um sistema de informação geográfica é o shapefile. Porém, nos últimos anos, o formato GeoPackage passou a ser utilizado por muitos profissionais da área.

Vamos entender melhor os mesmos.

 

Análise geográfica – Formato shapefile

O shapefile é o formato oficial utilizado em sistemas de informações geográficas. O mesmo foi desenvolvido e é regulado pela Esri.

É considerado um formato aberto, apesar de ser proprietário. Por ser aberto, o formato recebe suporte de diversos aplicativos de processamento de mapas gratuitos e de código livre.

O mesmo pode descrever espacialmente qualidades de vetores (pontos, linhas e polígonos, para rios, lagos e poços, por exemplo), sendo que cada item normalmente possui atributos que o descreve, como nome e temperatura.

Apesar de ser um termo no singular, o formato shapefile consiste numa coleção de arquivos de mesmo nome e terminações diferentes, armazenados no mesmo diretório.

Desta maneira, existem três arquivos obrigatórios para o correto funcionamento de um shapefile. São eles:

O arquivo shapefile propriamente dito é o .shp, mas se distribuído sozinho não será capaz de exibir os dados armazenados. A distribuição deve ser feita juntamente com os outros dois arquivos.

 

Sistemas de informações geográficas – Formato GeoPackage

O GeoPackage é um formato aberto de informação Geoespacial. O mesmo é um formato de arquivo:

Este formato de dados foi desenvolvido no ano de 2014 pela Open Geoespacial Consortium (OGC), pensado especialmente para o mundo Mobile. Porém, o mesmo funciona independentemente de plataformas.

A OGC desenvolveu o mesmo com o intuito de que ele se torne o formato padrão de arquivos espaciais, substituindo o shapefile, o kml e os demais formatos de arquivos do tipo.

Neste artigo eu explico melhor este formato de dados.

 

Análise geográfica e a padronização dos SIGs

 

Na tentativa de chegar a uma padronização dos diferentes tipos de dados citados acima, existe o Open Geospatial Consortium, hospedado em http://www.opengeospatial.org/.

O objetivo do mesmo é forçar os desenvolvedores de software de SIG e Geoprocessamento a adotarem padrões.

Atualmente, possui algumas especificações:

 

Análise geográfica – Os 14 softwares de Geoprocessamento existentes

A wikipédia possui uma lista com 14 softwares de SIG, o tipo de licença, plataforma utilizada, idiomas disponíveis e os links de acesso as páginas dos mesmos.

Segue a mesma:

Software Licença Plataformas Idiomas disponíveis Página
ArcGIS Software proprietário Windows Inglês, Português Link
Bentley Map Bentley Systems Windows, Microstation Inglês https://www.bentley.com/pt/products/brands/map
GEOMEDIA Software proprietário Windows Inglês Link
GRASS GNU GPL Multiplataforma Inglês Link
gvSIG GNU GPL Multiplataforma Inglês, Espanhol e Chinês Link
Mapinfo Software proprietário Windows Inglês Link
MapWindow Mozilla Public License Windows Inglês Link
NETtool Software proprietário (Assinatura Mensal) Web (SaaS) Português, Espanhol e Inglês Link
QGIS GNU GPL Multiplataforma Inglês e Português Link
SPRING Software proprietário (Freeware) Multiplataforma Português e Inglês Link
SAGA GIS GNU GPL Multiplataforma Inglês Link
iSmart Software proprietário (Shareware) Multiplataforma / Web (SaaS) Inglês Link
TerraView GNU GPL Multiplataforma Português, Espanhol e Inglês Link
Transcad Software proprietário Windows Inglês Link
VisualSIG Software proprietário Windows Português, Espanhol e Inglês Link

Lembrando que aqui no blog eu possuo artigos a respeito da utilização de vários destes softwares. Seguem os links de acesso aos mesmos:

> gvSIG: o que é e seus recursos…

> SPRING: conheça este software brasileiro…

> PostGIS: conheça este fabuloso software…

> TerraView: para que serve e como baixar…

 

Análise geográfica – Sistemas de informações geográficas mais populares

 

 

Fonte da imagem:

Existem diversos sistemas de informações geográficas atualmente em uso, porém 2 dos mesmos se destacaram. São eles:

Vamos conhecer melhor os mesmos.

 

ArcGIS

 

O ArcGIS é um sistema de informação geográfica proprietário.

O mesmo foi desenvolvido pela ESRI, sendo que segundo a mesma, o ArcGIS oferece um conjunto de funcionalidades baseadas em localização para diversas análises.

Para isso, o mesmo utiliza ferramentas que possibilitam analisar e visualizar dados.

Essas informações podem ser compartilhadas com outras pessoas por meio de aplicativos, mapas e relatórios.

 

QGIS

 

O QGIS (anteriormente conhecido como Quantum GIS) é um software livre com código-fonte aberto, multiplataforma de SIG, que permite a visualização, edição e análise de dados georreferenciados.

É importante que você saiba que tanto o ArcGIS como o QGIS foram desenvolvidos com a mesma linguagem de programação, a Python.

 

Análise geográfica – Sobreposição de mapas

 

 

Sobreposição de mapas é uma forma de sobrepor um mapa a outro para obter informações comparadas.

A sobreposição de um ou mais mapas é um recurso interessante, pois possibilita a realização de análises geográficas através da comparação de diferentes dados e informações.

 

Análise geográfica – Aplicações de um sistema de informação geográfica

 

 

Os sistemas de informações espaciais permitem a utilização de informações provenientes de diversas fontes.

Como exemplos temos informações obtidas:

Estas informações poderão ser utilizadas para a produção de mapas temáticos e de mapas técnicos da área de estudos.

Segundo Silva (1999) os objetivos suplementares de um SIG são:

Entre as aplicações nas quais um sistema de informação geográfica pode ter um papel importante encontram-se:

Um sistema de informação geográfica pode ser considerado um instrumento que possibilita o mapeamento e a indicação de respostas às diversas questões no que se refere:

Aronoff (1991) descreve as seguintes aplicações representativas para as quais um SIG pode ser utilizado com sucesso.

Os campos de aplicação dos SIGs, são muito vastos, sendo possível a utilização do mesmo em toda e qualquer aplicação que tiver um componente espacial.

 

Continue seus estudos sobre análise geográfica

Possuo uma playlist no youtube na qual passo dicas geniais de Geoprocessamento.

A mesma se chama minicurso ArcGIS, porém, somente em 2 ou 3 aulas que abordo procedimentos no ArcGIS. No geral, passo conhecimentos de Geoprocessamento que servirão para você, pouco importa o software que você utiliza.

Clique neste link para acessar a mesma.

Lembrando que eu também possuo uma série de cursos e de livros práticos.

Se você quer MERGULHAR FUNDO e aprender a prestar serviços com grande velocidade e com segurança, acesse este link e conheça os mesmos.

Entre eles, o Curso de Confecção de Plantas Topográficas. Um curso prático com o qual você vai aprender a produzir as 15 diferentes plantas produzidas em um escritório de topografia.

Clique neste link e conheça melhor o mesmo.

 

É isso por este artigo. Gratidão por você ter lido o mesmo. 🙏

 

Aprenda a produzir Mapas e Plantas no QGIS

 

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Módulo 1: passos inicias no QGIS – Elaborando mapa de biomas do Brasil

Módulo 2: criando mapa de uso e ocupação do solo de propriedade rural

 

Módulo 3: cálculo de áreas, perímetros e distâncias de linhas no QGIS

 

Módulo 4: criando memorial descritivo de áreas e quadro analítico de forma automática no QGIS

 

Módulo 5: criando uma planta de macrozoneamento para licenciamento ambiental

 

Módulo 6: criando um mapa de proteção de área permanente (APP’s) de uma propriedade rural

 

Módulo 7: criando um mapa hipsométrico da sua área de interesse

 

Módulo 8: criando uma planta topográfica georreferenciada no QGIS

 

Módulo 9: layout de mapas – criando um mapa de bacias e sub bacias hidrográficas

 

Módulo 10: delimitação de bacias hidrográficas

 

Módulo 11: demarcação urbanística no QGIS

 

Módulo 12: mapa de classes de declividade (com MDE – Alos Palsar)

 

Módulo 13: mapa de prospecção de áreas para instalação de usinas solares fotovoltaicas

 

Módulo 14: elaborar mapa de classes de solo

 

Módulo 15: elaborar mapas de classes de fatores limitantes à mecanização agrícola dos solos

 

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