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Projeções afiláticas: o que são?

As projeções afiláticas não respeitam nenhuma das variáveis, distorcendo tanto formas, como áreas e distâncias.

Embora isso aconteça, muitas vezes estes fatores são balanceados de modo a apresentar uma projeção que embora não apresente com fidelidade nenhuma das propriedades, busque distorcer ao mínimo todas elas.

Na realidade, as projeções possuem toda uma série de classificações quanto a maneira como são elaboradas. Sendo que quanto aos métodos utilizados e aos resultados produzidos, existem três principais tipos de projeções cartográficas:

Vamos entender melhor os diferentes tipos de projeções existentes e suas classificações.

Projeções afiláticas – Os diferentes tipos de projeções existentes


É importante que você saiba que ao se projetar os dados sempre existirão distorções, de certa maneira que existe toda uma série de critérios que são levados em consideração.

Desta maneira, as projeções cartográficas são classificadas de acordo:

Na imagem abaixo você pode visualizar um resumo com as diferentes maneiras de se classificar as projeções cartográficas.

Perceba que as projeções afiláticas nada mais são do que uma maneira de classificar as projeções quanto as propriedades preservadas.

Além da mesma, quanto as propriedades preservadas, as projeções podem serem classificadas em:

Vamos entender um pouco melhor as características de cada um dos diferentes método de projeção, o que se mantém e o que é distorcido.

Veja abaixo uma comparação com 2 mapas, onde apenas um dos mesmos possui projeção equivalente.

Note que a Espanha e Camarões têm quase o mesmo tamanho na projeção equivalente, assim como na realidade, embora tenham suas formas deformadas, enquanto que a Espanha possui área bem maior na projeção não-equivalente.

Isso acontece porque a maior característica da projeção equivalente é que a mesma preserva as áreas.

São exemplos de projeções equivalentes as projeções de Peters, de Lambert e de Behrmann.

Já na imagem abaixo você pode ver um exemplo de projeção equidistante.


Qualquer linha traçada de Roma (Itália) ou Luoyang (China) para qualquer outro local do mapa retratá a distância real proporcionalmente à escala.

Isso acontece porque a projeção equidistante preserva as distâncias.

Já na próxima imagem você pode ver um exemplo de projeções afiláticas.


No caso, as projeções afiláticas não respeitam nenhuma das variáveis apresentadas. Não preservam formas, áreas e nem distâncias.

Exemplos de projeções afiláticas

Como exemplos de projeções afiláticas temos a projeção de Robinson e a projeção Cilíndrica de Miller.

Vamos conhecer melhor cada uma delas.

Projeções afiláticas – Projeções de Robinson


A Projeção Cartográfica de Robinson é uma projeção cilíndrica afilática elaborada pelo cartógrafo e geógrafo norte-americano Arthur Robinson na década de 1960.

A mesma é classificada como cilíndrica, pois a sua elaboração ocorre como se envolvesse o globo terrestre em torno de um cilindro.

Trata-se de uma das projeções cartográficas mais conhecidas em todo o mundo. Na mesma os meridianos são representados em linhas curvas ou elipse, enquanto os paralelos permanecem em linhas retas.

Sabemos que todas as projeções cartográficas apresentam distorções, em razão do fato de elas serem representações da esfera terrestre realizadas em um plano. Dessa forma, diferentes elaborações foram construídas.

No caso das projeções cilíndricas, essas elaborações são classificadas em dois tipos principais:

As projeções semelhantes procuram representar corretamente a forma dos continentes, tendo como prejuízo a distorção de suas áreas, como no caso da Projeção de Mercator.

Por outro lado, as projeções equivalentes procuram conservar as áreas, mas com a distorção de suas formas, como no caso da Projeção de Peters.

A grande vantagem da Projeção de Robinson é que a mesma se encontrar em um meio termo entre esses dois tipos. Ela não preserva nem a forma e nem a área dos continentes.

Porém, a projeção de Robinson consegue minimizar as distorções que ocorrem nesses dois aspectos.

Por esse motivo, a mesma é ideal para mapas que procuram representar a área da Terra como um todo, sendo assim é a projeção mais utilizada em mapas e atlas, sendo muito conhecida também como o mapa-múndi da Terra.

Observe a imagem abaixo, certamente você já a viu nas representações mais comuns do mapa terrestre.


Como já afirmamos, essa projeção apresenta distorções tanto nas áreas quanto na forma dos continentes.

Na deformação das áreas, podemos citar a Antártida e as regiões de altas latitudes (próximas aos polos). Além disso, o tamanho da área da grande maioria dos continentes não está em suas proporções corretas.

Se você observar cuidadosamente, perceberá que as áreas mais ao centro da projeção ficam menos distorcidas em relação àquelas que se encontram na periferia do mapa.

Assim, o uso principal da Projeção de Robinson não é destinado a atuações e representações técnicas, como no caso da projeção de Mercator. Mas sim, ao uso didático, tendo sido recomendada para tal fim por diversas instituições educacionais de todo o mundo.

Créditos: Este texto sobre as projeções afiláticas, Robinson foi adaptado a partir do original produzido por Rodolfo Alves Pena. Acesse o mesmo neste link.

Projeções afiláticas – Projeção de Miller


A projeção cilíndrica afilática de Miller foi apresentada em 1942 por Osborn Miller.

A mesma trata-se de um conjunto de projeções designadas como projeções de Miller, criadas como alternativa à projeção de Mercator, com o intuito de reduzir a grande variação da escala com a latitude e de permitir que os polos fossem representados.

Nessa projeção a forma esférica da Terra é projetada em outra figura geométrica de forma cilíndrica, tornando possível representar a superfície terrestre num único plano.

As distorções dessa projeção são menores nas áreas próximas da linha do equador e aumentam em direção aos polos.

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