Como operar estação total. Você acabou de colocar suas 2 mãos em um artigo definitivo sobre o tema.
Com a leitura do mesmo, você aprenderá quais são as 5 etapas da operação das mesmas.
Com isso, conseguirá entender exatamente como proceder a campo, conseguindo obter dados com grande velocidade e com segurança.
No caso, estou ranqueando este artigo para o termo operar estação total. Por causa disso algumas frases vão ficar um pouco esquisitas. peço desculpas por isso.
Operar estação total – Etapas da obtenção de dados com estações totais
Se você quer saber como operar estação total com segurança, saiba que existe toda uma série de etapas. Veja no mapa mental abaixo um resumo das etapas da operação de uma estação total.
A partir de agora eu irei abrir meu baú do tesouro e mergulhar fundo, cobrindo de maneira cirúrgica cada uma destas etapas.
Operar estação total – Etapa 1 – Reunião com o cliente
Muitos profissionais ao operar estação total subestimam esta etapa. Com isso, acabam se estressando e perdendo muito tempo e muito dinheiro.
Isso porque não obtém um número suficiente de informações junto ao cliente.
Logo, não cometa este erro.
As etapas da reunião com o cliente podem variar dependendo do serviço que você irá prestar. Neste artigo, eu usarei de base um serviço de topografia cadastral, pois este é um serviço que exige uma maior quantidade de dados cadastrais.
As etapas do mesmo são:
- Conhecer a situação cadastral do imóvel rural;
- Conhecer a situação física do imóvel;
- Obter uma série de dados junto a seu cliente.
Etapa 1 da reunião com o cliente – Conhecendo a situação cadastral do imóvel rural
Quando se fala em operar estação total para a prestação de um serviço de topografia cadastral, na reunião com o cliente, você precisa se informar a respeito do imóvel, descobrindo qual a situação cadastral do mesmo.
Ou seja, se o mesmo possui 1 matrícula ou mais, ou se é uma área de posse.
Caso o imóvel possua matrícula, peça uma certidão atualizada da mesma para seu cliente. Ou, se for o caso, vá você mesmo até o registro de imóveis e consiga uma certidão atualizada da matrícula.
Enfim, o que interessa para você é a realidade jurídica e não a realidade física.
Dica de amigo: caso seja uma área de posse, se informe se tratasse de um uso adverso ou de uma compra com contrato de gaveta. Isso porque você terá que informar seu cliente a respeito de como proceder para regularizar a situação cadastral do imóvel.
Planejamento para a ida a campo para operar estação total – Conhecendo as características físicas da área que será mapeada
Você também precisa se informar a respeito das características físicas da área que será mapeada. Aproveite a presença do cliente, abra o Google Earth e analise a área que será mapeada juntamente com o mesmo.
Nesta etapa, tome os seguintes cuidados:
- Analise bem a topografia do terreno e as possíveis dificuldades que você possa ter a campo;
- Com a ajuda de seu cliente, delimite o perímetro do imóvel. Assim você poderá posteriormente analisar melhor o mesmo, planejando como procederá ao operar estação total a campo.
Um procedimento essencial: crie um pasta no sistema de pastas de sua empresa com o nome de seu cliente e coloque todo o documental e arquivos gerados na mesma.
Por exemplo:
- O arquivo kmz com o perímetro da propriedade;
- A certidão atualizada da matrícula;
- Um arquivo de bloco de notas com as diferentes informações úteis.
Enfim, toda e qualquer informação e documento que possa ser útil.
Operar estação total – Etapa 3 do Planejamento para a ida a campo – Obtenção de dados cadastrais
Uma vez que você conheça a situação cadastral e as características físicas do imóvel, precisará obter uma série de dados cadastrais. Dados estes que variam dependendo da natureza do serviço que você irá prestar.
Vou trazer um resumo dos diferentes dados cadastrais necessários para um serviço de topografia cadastral. Isso porque este é um dos serviços que exige maior quantidade de dados cadastrais.
Alias, aqui está um dos erros mais cometidos pelos profissionais. Isso porque a prestação de serviços de topografia normalmente é divida em 2 partes.
- Parte técnica;
- Fator humano.
Perceba que a parte técnica está 100% no seu controle. Ou seja, uma vez que você saiba o passo a passo de prestação do serviço é só seguir o mesmo.
A parte humana por outro lado, nunca estará 100% no seu controle. isso porque você está lidando com pessoas, existindo pessoas mais acessíveis e pessoas que fazem questão de tornar as coisas complicadas.
Ou seja, tudo que envolver lidar com pessoas é o que costuma mais causar problemas.
Por exemplo, é normal por causa de um único dado cadastral, um serviço que parecia ser simples, acabar se arrastando por meses e mais meses.
Com isso, você acabar se estressando, perdendo tempo e dinheiro neste processo.
Perceba que você precisa ser metódico, buscando obter as diferentes informações cadastrais necessárias o mais rapidamente possível.
No caso, para um serviço de topografia cadastral, você precisará obter dados:
- Da propriedade;
- Do cliente;
- Da conjugue e;
- Dos confrontantes.
Logo, escaneie os documentos (CPF e RG) de seu cliente e da conjugue dele e também, a certidão do imóvel e coloque os mesmos na pasta que você criou.
Caso você não possua um scanner, crie um arquivo de texto e coloque no mesmo os diferentes dados cadastrais.
Caso seja necessário, imprima e entregue para seu cliente um chacklist com os diferentes dados necessários. Instrua o mesmo a conseguir estes dados até o dia da ida a campo.
Segue um modelo de chacklist com as informações necessárias para um processo de georreferenciamento:
Enfim, perceba que ao operar estação total, o fator humano é um inimigo invisível que precisa ser exterminado o mais rapidamente possível.
Se você subestimar o mesmo, uma coisa é certa, você será nocauteado, vendo um serviço que era para ser rápido e lucrativo se tornar um monstro que está fazendo você se estressar, perder tempo e dinheiro.
Repito, não subestime o fator humano. Busque obter os diferentes dados cadastrais o mais rapidamente possível, pois lidar com pessoas é algo complicado, existindo diferentes tipos de pessoas.
Operar estação total – Preparação para a ida a campo
A preparação para a ida a campo pode ser dividida em 3 etapas.
Etapa 1 – pré pré ida a campo
Nesta etapa você fará tudo que precisa ser feito com vários dias de antecedência.
Como exemplos temos:
- Olhar a previsão do tempo;
- Solicitar a produção de marcos topográficos;
- Etc.
Enfim, são todos aqueles cuidados e procedimentos que não tem como você fazer no dia anterior ao dia da ida a campo.
Operar estação total – Etapa 2 – Pré ida a campo
São os procedimentos que devem serem adotados no dia anterior ao dia da ida a campo.
Como exemplos temos:
- Conferir novamente a previsão do tempo;
- Ligar para o cliente para confirmar que está tudo certo com a ida a campo e para verificar se o mesmo conseguiu os dados cadastrais necessários;
- Colocar as baterias para carregar;
- Verificar se está tudo ok com os equipamentos, acessórios e demais materiais necessários;
- Verificar se alguma coisa precisa ser comprada.
Ou seja, são todos os procedimentos e verificações que você deve fazer no dia anterior ao dia da ida a campo.
Perceba por exemplo, que no dia da ída a campo, provavelmente você sairá cedo de seu escritório, de certa maneira que o comércio ainda estará fechado.
Ou seja, se existe alguma coisa que precise ser comprada, você deve comprar a mesma no dia anterior ao dia da ida a campo.
Etapa 3 – Carregamento dos equipamentos e materiais na caminhoneta
No dia da ida a campo, você carregará em sua caminhoneta os diferentes equipamentos e materiais necessários.
Porém, como normalmente são diversos itens, podendo passar até mesmo de 30 itens, você corre o risco de se esquecer de carregar alguma coisa em sua caminhoneta.
Para que isso não ocorra, crie um chacklist com todos os itens necessários e sempre que for carregar os equipamentos e materiais na caminhoneta, imprima uma cópia e vá conferindo no mesmo.
Assim, após carregar os equipamentos e materiais na caminhoneta, você consegue verificar.
Operar estação total – Etapas de instalação no tripé da estação
O procedimento a campo ao operar estação total é dividido em 2 conjuntos de etapas. A primeira delas é a instalação do tripé.
Etapa esta, por sua vez subdividida em 3 etapas. Seguem as mesmas.
Etapa 1 – Instalação do tripé
Uma vez que você chegou a campo, a primeira coisa que você deve fazer ao operar estação total é a instalação do tripé sobre o apoio topográfico.
No caso, a NBR 13.133 trás o seguinte conceito para apoio topográfico:
Conjunto de pontos planimétrico, altimétrico, ou planialtimétrico, que dão suporte ao levantamento topográfico.
Ou seja, o apoio topográfico são pontos que amarram o terreno com o plano topográfico.
Para a obtenção de dados, você pode utilizar coordenadas aleatórias (conhecidas como cotas), utilizando como ponto de amarração um piquete.
Ou, dependendo da natureza do serviço, pode utilizar um marco geodésico, utilizando o datum oficial do pais como apoio topográfico.
Um vez que você tenha definido o apoio topográfico, instalará o tripe, sendo que a instalação do mesmo pode ser dividida em 3 etapas.
Etapa 1 da instalação do tripé – Colocação do tripé sobre o ponto
Ao operar estação total, para estacionar o equipamento sobre um determinado ponto topográfico, o primeiro passo é a colocação do tripé sobre o piquete ou marco topográfico.
tome o cuidado de instalar o mesmo o mais no centro do piquete possível e com a mesa nivelada.
Para facilitar os serviços faça uma marca no centro do piquete. A mesma representará o ponto topográfico.
Operar estação total – Etapa 2 – Nivelamento grosseiro
Uma vês que o tripé esteja aberto, o mesmo deve ser colocado sobre o piquete e levantado até que fique com a mesa na altura do peito.
Abra as pernas do tripé e coloque-o sobre o ponto. Tome o cuidado de deixar o tripé aberto numa posição intermediaria, nem muito fechado, nem muito aberto.
É importante tomar o cuidado de deixar bem sobre o piquete e a mesa bem nivelada, pois a velocidade e facilidade dos procedimentos seguintes dependem deste procedimento.
Etapa 3 – Nivelamento fino
Coloque a estação total sobre o tripé e, olhando pelo prumo ótico, ou utilizando o prumo laser, coloque a mesma bem sobre o ponto.
Ao operar estação total, para colocar a mesma sobre o piquete é necessário posicionar-se no lado oposto a uma das pernas e levantar o tripé pelas outras duas.
Pegue o tripe em uma altura intermediaria nas pernas e movendo-se em direção a marca no centro do piquete, sentando o tripé quando o prumo lazer tiver sobre o ponto.
Tome o cuidado para levantar e mover o tripé em um movimento sincronizado das mãos, não levantando mais uma mão do que a outra.
Desta maneira, você não corre o risco de deixar o tripé muito desnivelado quando for “sentar” novamente o mesmo.
Olhe novamente para a figura acima e cuide atentamente os detalhes. Perceba, por exemplo, a posição na qual estou assegurando o tripé e a posição dos cotovelos. Que os mesmos estão perto do corpo, de certa forma que os antebraços fiquem abertos.
Que ambas as mãos estão na mesma altura e que o movimento é sincronizado.
Perceba também que ao operar estação total, eu parei entre 2 pernas do tripé, com a terceira perna na minha frente. Ao agir desta maneira, pegando o tripé em uma posição intermediária, tenho total controle do mesmo.
Com isso, consigo levantar o equipamento por 2 pernas, deixando a perna da minha frente no chão e, posteriormente, movimentar o equipamento em um movimento sincronizado de ambas as mãos, de certa maneira que o prumo lazer fique na marca do piquete.
Uma vez feito isso, é só sentar o tripé, de certa maneira que o equipamento fique sobre o ponto e praticamente nivelado.
Ao operar estação total, cale bem as pernas do tripé no chão. Este procedimento é extremamente importante porque vai tornar mais difícil um desnivelamento acidental da estação total.
Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.110).
Faça o nivelamento grosseiro pelas pernas do tripé, pois este ainda está muito desnivelado.
Perceba que não adianta mexer apenas nos parafusos calantes. Isso porque os mesmos são curtos. A ideia é deixar o equipamento praticamente nivelado.
Olhe novamente para a posição das mãos e dos dedos. Perceba que com a mão direita eu assegurei uma das partes de cima da perna do tripé e, com a outra mão, ambas as partes.
Cuide a função de cada um dos dedos:
- Com o dedo mínimo eu destravei o tripé;
- Com o segundo, terceiro e quarto dedos, asseguro a perna de fora do tripé e;
- Com o quinto dedo asseguro a perna de baixo do tripé.
Ao posicionar as mãos desta maneira, ao operar estação total, possuo controle total da perna do tripé. Ou seja, posso destravar a mesma com o dedo mínimo e travar com o pulso a hora que quiser.
Também posso movimentar as seções da perna conforme desejar, deixando a perna exatamente na altura que quero.
Uma vês que o nivelamento grosseiro tenha sido feito, a próxima etapa é fazer o nivelamento fino pelo software da estação.
Operar estação total – Etapas no software da estação total
Seguem as etapas no software da estação:
- Etapa 1 – Criação da obra;
- Etapa 2 – Definição da estação;
- Etapa 3 – Definição da orientação;
- Etapa 4 – Obtenção de dados.
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Com a leitura do mesmo você aprenderá:
- As 7 etapas de instalação no tripé e no software da estação total;
- A fazer o nivelamento grosseiro e fino;
- A CRIAR UMA OBRA, a fazer a definição da estação e da ré;
- A obter dados com grande velocidade e com segurança;
- A fazer trocas de estação da maneira segura;
- A correta disposição dos equipamentos e como não danificar ou quebrar os equipamentos;
- Como não ser assaltado ao prestar serviços em locais perigosos;
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- Como evitar os 17 erros normalmente cometidos durante a obtenção de dados;
- Uma série de dicas e macetes geniais que aumentarão sua velocidade de trabalho;
- A FUNÇÃO DOS DIFERENTES FIOS do retículo;
- A função dos diferentes botões da estação total;
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Enfim, do início ao fim, você dominará todas as etapas, conseguindo operar estações totais com grande velocidade.
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