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Mapeamento de estradas: as 7 etapas

A realização de um mapeamento de estradas é muito similar a realização de um mapeamento clássico com drones.

Neste artigo eu trarei as 7 etapas da prestação deste serviço, mostrando quais que são os cuidados que você precisa ter no mapeamento de estradas com drones.

 

Mapeamento de estradas – Etapa 1 – Faça um planejamento de voo.

O grande segredo que possibilitará que você tenha sucesso ao realizar um mapeamento de estradas, consiste em você primeiramente fazer um planejamento cirúrgico, identificando e eliminando toda e qualquer fonte de erro.

Preste atenção, negrito e caixa alta:

ESTA É A QUE EU CONSIDERO PRINCIPAL E MAIS IMPORTANTE ETAPA DE UM MAPEAMENTO COM DRONE!

E porque disso?

Simples, porque o sucesso ou fracasso de um mapeamento de estradas estão diretamente relacionados a um correto planejamento de voo.

Nesta etapa, você deve identificar e eliminar as diferentes fontes de erro.

 

Definição da área que será mapeada

A primeira etapa do mapeamento de estradas consiste na definição da área que será mapeada, sendo o contratante quem irá informar a mesma para você.

Pode acontecer ainda, de após pegar um serviço para prestar, você perceber que o mesmo pode ser realizado com a utilização de um drone. Nestes casos, haja vista a GSD final desejada, você definirá as características do mapeamento.

No caso do mapeamento com drone, faça o planejamento buscando obter uma GSD de 5 cm.

Quanto a largura da faixa que será mapeada, o ideal é que seja mapeada uma faixa lateral de 150 metros para cada lado, partindo-se do eixo da rodovia.

 

Análise da área que será mapeada

Uma vez determinada a área que será mapeada, você deve abrir o Google Earth e analisar cuidadosamente a mesma.

Faça a delimitação da mesma e calcule quantas ha a mesma possui.

Por exemplo, na imagem abaixo está a delimitação de uma área no município de Venâncio Aires, aqui no Rio Grande do Sul.

Perceba que fazer a análise e delimitação da área é importante, pois você conseguirá identificar as diferentes características da mesma.

Perceba que no exemplo da imagem acima, com um raio de 150 metros a partir do eixo da rodovia, a área obtida é de 43,68 ha.

Ao saber qual que é o tamanho da área que será mapeada, você conseguirá saber se conseguirá fazer o levantamento da mesma com um único voo, ou se precisará de 2 ou mais voos.

Lembrando que as características do sensor e a autonomia de voo variam de drone para drone.

Ou seja, conhecendo as características do drone que você irá utilizar para o mapeamento, o tamanho da área que será mapeada e o GSD desejado, você conseguirá determinar quantos voos serão necessários.

 

Mapeamento de estradas – Análise da topografia da área que será mapeada

Você também precisa analisar as características topográficas da área que será mapeada.

Olhe para a imagem abaixo e perceba que neste caso a mesma é plana.

Com esta análise, podemos definir a quantidade de pontos de controle que iremos utilizar. Isso porque caso a área tivesse uma topografia acidentada, precisaríamos locar mais pontos de controle na mesma.

Aliás, uma vez que você esteja a campo, capriche na quantidade de pontos de controle obtidos. Isso porque é muito melhor ficar alguns minutos a mais a campo e obter mais alguns pontos de controle e pontos de checagem, do que ter que fazer o mapeamento de estradas novamente porque o georreferenciamento ficou ruim.

 

Análise as condições climáticas no momento do voo

Um outro cuidado que você precisa ter é analisar como estarão as condições climáticas no momento do voo.

Analise se o dia estará chuvoso ou se terá sol e, principalmente, a velocidade do vento.

No caso de drones multirotor, a velocidade máxima recomendável para voo é de 10 metros por segundo, já para drones asa fixa, a velocidade máxima de voo recomendada é de 15 m/s.

Você pode utilizar o Wind para analisar com estarão as condições climáticas no momento do voo.

 

Uma vez que você tenha feito a análise da área que será mapeada, exporte o perímetro do imóvel no formato .kml para importar no software que você utilizará para fazer o planejamento de voo.

 

Mapeamento de estradas – Etapa 2 – Criação do plano de voo

Os conhecimentos obtidos ao fazer a análise da área que será mapeada servirão de base para a produção de um bom plano de voo.

Ou seja, somente após você ter analisado cuidadosamente a área que será mapeada e as condições climáticas é que elaborará o plano de voo.

Para isso, você irá utilizar um software próprio para a elaboração de planos de voo.

Como exemplos de softwares de plano de voo temos:

Lembrando que eu possuo um livro com o qual você dominará a realização de levantamentos topográficos com estes aparelhinhos voadores.

Mapeamento de estradas – Faça o voo no modo automático

Ao realizar um mapeamento de estradas é importante que você utilize um aplicativo de plano de voo, pois além do plano de voo, o mesmo fará o controle do voo em si.

Alias, esta é outra sacada genial que quero compartilhar com você. Quem é iniciante no mapeamento de estradas costuma fazer o voo no modo manual.

Porém, utilizar este procedimento faz com que você seguidamente tenha problemas ao fazer o processamento dos dados.

Como consequência, você se estressará, perderá muito tempo e muito dinheiro tendo que voltar a campo para fazer novamente o levantamento dos dados.

Logo, faça o voo no modo automático, apenas acompanhando o mesmo e entrando em ação caso algo não saia conforme o planejado.

 

 

Mapeamento de estradas – Etapa 3 – Distribuição de pontos de controle e levantamento dos mesmos com um receptor GNSS

Uma vez que você tenha feito o planejamento de voo e o plano de voo, chegou a hora de fazer o levantamento de dados propriamente ditos.

Durante esta etapa, a primeira coisa que você fará será distribuir os alvos a campo. Enquanto faz isso é importante que você faça o rastreamento das coordenadas dos mesmos com um receptor GNSS.

Esta etapa é essencial, pois de nada adianta você ter um drone com uma câmera de altíssima qualidade, porém utilizar pontos de controle obtidos sobre o Google Earth ou com gps de navegação.

Obtenha pontos de controle com uma grande acurácia, fazendo o rastreamento dos mesmos, preferencialmente através da utilização do método RTK.

 

Como os pontos de controle devem ser distribuídos na área a ser mapeada

Os pontos de controle devem ser distribuídos de maneira homogênea ao longo da área que será mapeada.

No mapeamento de estradas, você pode locar um par de pontos de controle a cada 1 km.

Veja como ficou a distribuição dos pontos de controle no nosso exemplo.

 

Loque pontos de verificação

Um outro cuidado importante que você precisa ter é fazer o rastreamento de alguns pontos de verificação.

Estes pontos precisam ser elementos naturais ou artificiais existentes na área que será levantada.

Como exemplos temos:

No caso do mapeamento de estradas loque um ponto de verificação a cada 3 km.

Perceba que o grande segredo que possibilitará que os dados fiquem com uma boa acurácia é você caprichar na hora de locar e fazer o levantamento dos pontos de controle.

Logo, capriche e loque tantos pontos de controle, quanto forem necessários.

Perceba que também é interessante que você utilize pontos de controle artificiais. Isso porque utilizando este procedimento, você terá certeza que todos os pontos de controle estarão foto identificáveis.

Aliás, sempre utilize alguns pontos de controle extras, pois, com isso, caso algum ponto de controle apresente problemas, você poderá desabilitar o mesmo.

Enfim, não tenha preguiça e obtenha uma grande quantidade de pontos de controle. Perceba que uma vez que você já está a campo, obter as coordenadas de alguns pontos de controle extras não tomará mais do que alguns minutos do seu tempo.

 

Topografia com drone – Etapa 4 – Acompanhamento do voo

 

Uma vez que você tenha distribuído os pontos de controle e feito o rastreamento dos mesmos com um receptor GNSS, está na hora de fazer o voo fotogramétrico propriamente dito.

Conforme informei anteriormente, nesta etapa do mapeamento com drones, você precisará apenas dar o comando para que o aplicativo realize o voo. Será o aplicativo quem controlará o drone durante o levantamento dos dados.

Porém, é essencial que você acompanhe o voo, pois pode acontecer, por exemplo, do vento estar com uma velocidade alta, de certa maneira que você tenha que parar o voo.

Ou ainda, de alguma coisa sair errada e o software não fazer o voo corretamente. Enfim, acompanhe o voo para ter certeza que vai dar tudo certo com o mesmo.

Caso você deseje saber que drone deve utilizar, leia este artigo. No mesmo eu mostro quais os melhores drones para mapeamento topográfico.

 

Etapa 5 – Georreferenciamento e ortorretificação das imagens

Nesta etapa do mapeamento de estradas, você fará o georreferenciamento e a ortorretificação das imagens, utilizando para isso os pontos de controle que obteve a campo.

Como produto final desta etapa, obterá o ortomosaico, o qual é gerado com as ortofotos georreferenciadas. Produto fotogramétrico sobre o qual é possível fazer-se a determinação de ângulos, distâncias, áreas e cálculo de volumes.

Lembre-se sempre da máxima:

Se entra lixo, sai lixo!

 

Ou seja, não existe milagre, para obter produtos fotogramétricos com uma altíssima acurácia, você precisa ter dados de entrada que tenham uma altíssima acurácia.

 

Etapa 6 do mapeamento de estradas – Geração dos demais produtos fotogramétricos

 

Nesta etapa, você irá gerar os diferentes produtos fotogramétricos, transformando os dados que possui em informações úteis, haja vista a aplicação para o qual os mesmos serão utilizados.

Existem diversos produtos que podem serem gerados a partir do ortomosaico. Dentre os mesmos, temos:

No caso da planta topográfica, a mesma deve ter curvas de níveis com espaçamento de 1 metro.

 

Etapa 7 – Entrega dos produtos fotogramétricos para seus clientes

 

Nesta etapa do mapeamento de estradas, você entregará os produto finais obtidos a partir do voo fotogramétrico para seu cliente.

É importante que você mantenha com você um backup não só dos produtos finais gerados, mas de todo o projeto.

Por exemplo:

É isso por este artigo. Lembrando que eu também possuo uma série de cursos e de livros práticos.

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Entre eles, o Curso de Confecção de Plantas Topográficas. Um curso prático com o qual você vai aprender a produzir as 15 diferentes plantas produzidas em um escritório de topografia.

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Um dos cursos que possuo é o Curso de Topografia Com Drones. Um curso com o qual você vai DOMINAR O ASSUNTO.

Também sou o autor do Livro Topografia Com Drones. Um livro cirúrgico, cuja leitura é obrigatória para que querem prestar serviços de topografia com drones.

Gratidão por você ter lido o artigo. 🙏

 

 

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