A projeção UTM divide o Elipsoide em 60 fusos, sendo que para isso a mesma corta o elipsoide em posição secante, que causa uma distorção a área conhecida como fator k da projeção UTM.
Confesso que para mim mesmo, demorou muito tempo para a ficha cair.
Achava que o fuso era cortado pelos limites, porém, na realidade, o cilindro não corta o fuso UTM pelas bordas e sim em posições intermediárias.
É isso que cortar o elipsoide em posição secante significa.
Olhe na imagem abaixo para as linhas de secância que você entenderá melhor o que estou lhe dizendo.
A grande vantagem trazida pela projeção UTM é que ao cortar o elipsoide desta maneira, a mesma mantém os ângulos, deformando pouco as áreas.
Olhe para a imagem abaixo e perceba que nas linhas de secância as áreas não se modificam (K = 1).
Já no meridiano central, a área é achatada, sendo que o K é de 0,9996.
Nas bordas do fuso UTM, a área se expande, tendo um valor de 1,009737.
Com isso, ao projetar a forma da terra para o plano, o fuso UTM possui locais nos quais a área é expandida e locais nos quais a área é reduzida.
Dê mais uma espiadinha na parte de baixo da imagem e perceba a existência de zonas de redução e zonas de ampliação.
Impacto do fator k da projeção UTM no nosso dia a dia
Na prática, a existência do fator k da projeção utm significa que dependendo do serviço que você for prestar, projetar os dados para a projeção UTM é adequado ou não.
Perceba que a mesma possui distorções e que estas distorções precisam serem levadas em consideração durante a prestação de serviços.
Por exemplo, é por causa disso que a lei 10.267 definiu que para o georreferenciamento de Imóveis rurais, a área deve ser projetada para o plano topográfico local e não para a projeção UTM.
Também é por isso que a NBR 14.166 define que a deve-se utilizar o sistema RTM e não o UTM.
Ou seja, dependendo do serviço que você for prestar, precisará analisar se precisará utilizar coordenadas geográficas UTM, o plano topográfico local ou algum outro método de projeção dos dados.
P.S.: Confesso que estou muito curioso a respeito do SINTER. Acredito que as normas técnicas seguirão o mesmo caminho do Georreferenciamento de Imóveis Rurais, exigindo que as áreas sejam calculadas no plano topográfico local.
E você? Sabia a respeito do fator k da projeção utm e seu impacto no nosso dia a dia?
E o que pensa a respeito do SINTER?
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