São diversas as fontes de erros que interferem na obtenção de dados com estações totais.
Por causa disso decidi escrever este artigo mostrando como corrigir alguns dos mesmos.
Resumo do artigo
Me digas o que deseja mensurar que te direi que acurácia deve obedecer
Entendendo a origem de alguns erros que prejudicam a precisão dos dados
Como solucionar erros de colimação e de horizontalidade?
Correção do erro de verticalidade
Erro de índice vertical
Mais algumas dicas sobre a correção de erros instrumentais
Cuidados que você precisa ter com sua estação total
Me digas o que deseja mensurar que te direi que acurácia deve obedecer
Primeiramente, preciso reforçar algo importante: Você precisa ter em mente que todo levantamento topográfico possui uma acurácia a qual deve ser obedecida.
Tendo como base esta informação é que você escolherá o equipamento e o método de obtenção de dados que utilizará.
Existem projetos, como a locação de obras de engenharia, por exemplo, onde que os dados devem ter uma altíssima precisão.
Com isso, dependendo do tipo de levantamento que você estiver realizando, irá ou não ter alguns cuidados extras.
Vamos entender alguns erros inerentes a obtenção de dados com estações totais e o procedimento para evitar os mesmos.
Entendendo a origem de alguns erros que prejudicam a precisão dos dados
Olhe para a imagem abaixo:
Durante a obtenção de dados as estações totais devem satisfazer as seguintes exigências:
- a) O eixo de visada ZZ deve ser perpendicular ao eixo secundário KK.
- b) O eixo secundário KK deve ser perpendicular ao eixo principal VV.
- c) O eixo principal VV deve estar exatamente na perpendicular.
- d) A leitura do círculo vertical deve ser exatamente igual a zero no zênite.
Quando essas exigências não são atendidas, os seguintes termos são usados para descrever cada erro:
- a) Erro de colimação ou erro de visada – mostrado através da letra “c” na imagem abaixo. Para a não perpendicularidade entre o eixo de visada e o eixo secundário.
- b) Erro de horizontalidade – Representado pela letra “a” na imagem abaixo, Para a não perpendicularidade entre o eixo secundário e o eixo principal.
- c) Erro de verticalidade – Para o ângulo entre a linha de prumo e o eixo principal.
- D) Erro de índice vertical – Representado pela letra “i” na figura abaixo. Abordarei o mesmo nos próximos tópicos.
Dê uma espiadinha na imagem abaixo para entender melhor estes erros.
Os efeitos dos primeiros três erros (de colimação, de horizontalidade e de verticalidade) nas medições dos ângulos horizontais aumentam com o aumento da diferença de cota entre os pontos visados.
Vamos entender como evitar os diferentes erros.
Como solucionar erros de colimação e de horizontalidade?
Estes 2 erros são bem simples de serem evitados. É só ao iniciar o levantamento de dados, você realizar medições nas duas faces da luneta.
Com isso, os erros de colimação.
E para as estações totais com precisão elevada, também o erro de horizontalidade, que é geralmente muito pequeno, podem ser determinados e armazenados.
Para saber se a estação total que você utiliza possui algoritmos para a correção e armazenamento destes erros, é só você verificar o manual da mesma.
Digo isso porque não são todas as estações totais que possuem tal algoritmo.
Nas estações totais que possuem algoritmo de correção, após você adotar o procedimento de determinação dos mesmos.
Eles são considerados automaticamente sempre que um novo ângulo é medido.
Com isso, é possível a realização de medições praticamente livres de erros, mesmo usando-se apenas uma face da luneta.
Correção do erro de verticalidade
O erro de verticalidade não é considerado um erro do instrumento. Isso porque o mesmo ocorre quando o instrumento não é nivelado corretamente.
Importante: A realização de medições em ambas as faces da luneta não elimina este erro.
Estações totais que possuem compensador nos 2 eixos, estes erro é automaticamente corrigido.
Ou seja, seja sempre caprichoso ao instalar a estação total.
Erro de índice vertical
Olhe novamente para a imagem abaixo.
No caso, o erro de índice vertical é representado pela letra I.
Este erro nada mais é do que uma diferença causada no ângulo formado entre a direção zenital e a leitura zero do círculo vertical.
Ou seja, a leitura do círculo vertical para uma visada horizontal não é igual a 90°, mas sim, 90° + i (fator de erro do ângulo vertical).
Este erro é eliminado realizando-se medições para ambas as faces da luneta e calculando-se a média dos valores medidos.
Algumas estações totais também possuem algoritmos que possibilitam a determinação e o armazenamento deste erro no equipamento.
Se você possui dúvidas se sua estação total possui ou não este algoritmo, é só verificar o manual da mesma.
Lembrando que, não é sempre que você precisa corrigir estes erros.
Ao prestar um serviço você precisa levar em consideração a acurácia exigida para a prestação do mesmo e, com base na mesma, se é necessário ou não a correção destes erros.
Mais algumas dicas sobre a correção de erros instrumentais
Os erros instrumentais variam com:
- A temperatura;
- Após longos períodos de transporte;
- Em consequência de vibrações.
Logo, sempre leve em consideração estas informações quando for realizar um levantamento.
Por exemplo, os padrões angulares de precisão presentes nos manuais técnicos das estações totais, normalmente são medidos em temperaturas no entorno de 20 graus.
Ou seja, se a temperatura for diferente desta, o fator de erro será diferente.
Cuidados que você precisa ter com sua estação total
Outro sim, perceba que a falta de cuidado no transporte e utilização da estação total pode fazer com que esta se descalibre, causando erros de colimação, de horizontalidade e de índice vertical.
Logo, tome muito cuidado para:
- Não bater e nem deixar a mesma cair;
- Não transportar de maneira errada durante a obtenção de dados;
- Ao se deslocar, principalmente em estradas de chão batido, não deixar a mesma vibrar.
Além disso, quando não estiver utilizando, mantenha a mesma na caixa, com esta fechada.
São cuidados simples que garantirão que a estação total não se descalibre.
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