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Modelo Digital de Elevação?

Um Modelo Digital de Elevação (MDE) é um modelo que representa as diferentes altitudes da superfície topográfica levando em consideração as diferentes estruturas naturais e artificiais existentes.

O que um modelo digital de elevação faz nada mais é do que representar a superfície terrestre. Para isso é necessário de alguma maneira abstrair-se os dados da mesma.

Entre as diferentes metodologias que podem serem utilizadas para se fazer isso estão:

Com isso, ao fazer o sensoriamento remoto da superfície terrestre, estes equipamento obtêm dados altimétricos, sendo que se existir vegetação no local de interesse, o dado altimétrico obtido será o do topo do dossel (topo da copa das árvores).

Da mesma maneira, se existirem elementos artificiais, como prédios, pavilhões, pontes e casas, por exemplo, os dados obtidos serão do topo dos mesmos.

 

Modelo digital de elevação e modelo digital de terreno

 

Por causa da existência de estruturas artificiais e naturais que impedem o mapeamento a nível do solo, existem 2 diferentes tipos de modelos digitais. São eles:

 

Modelos digitais de elevação

 

Conforme você percebeu, um modelo digital de elevação leva em consideração os elementos e estruturas naturais e artificiais existentes na superfície terrestre.

Com isso, o modelo digital criado levará em consideração os dados do topo de estruturas artificias e naturais.

 

Modelo digital de terreno

Um modelo digital de terreno (MDT) leva em consideração a altitude a nível do solo.

A correção dos modelos digitais de elevação, gerando-se modelos digitais de terreno é necessária, pois em muitas aplicações o que se quer é um modelo digital que leve em consideração as altitudes a nível do solo.

Por exemplo, em obras de engenharia o que se quer fazer é o planejamento dos locais nos quais as diferentes estruturas serão construídas e também, cálculos de corte e aterro.

Desta maneira, não faz nenhum sentido utilizar-se modelos digitais de elevação.

Ou seja, os mesmos precisam passar por tratamentos estatísticos e correções utilizando-se dados obtidos a campo para a eliminação de estruturas naturais e artificiais, de certa forma que o resultado obtido é um modelo que represente fidedignamente a superfície terrestre.

O problema da utilização de dados obtidos via sensoriamento remoto para a geração de modelos digitais de terreno é que, dependendo das características do local, a quantidade de dados obtidos com equipamentos que utilizam sensoriamento remoto pode ser insuficiente, sendo necessário ir-se a campo e obter-se uma série de dados com receptores GNSS.

Na realidade, em muitas aplicações o que se faz é uma utilização mista de dados, utilizando-se dados obtidos a campo para melhorar-se a acurácia dos dados obtidos via sensoriamento remoto.

Desta maneira, muitos estudos e aplicações utilizam dados mistos, conseguindo com isso uma melhor representação da superfície terrestre.

 

Modelo digital de elevação – Sensores orbitais utilizados na obtenção de dados para a produção de modelos digitais de elevação

 

Atualmente existe um grande número de sensores que fornecem dados de altitude. Porém, dentre todos estes, existem 2 cujos dados podem serem utilizados gratuitamente.

Por causa disso, os dados dos mesmos são amplamente utilizados. No caso eu me refiro ao ASTER e SRTM.

Vamos entender melhor estes sensores.

 

ASTER

 

O ASTER (do inglês Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer) é um dos cinco dispositivos de sensoriamento remoto a bordo do satélite Terra.

O mesmo foi lançado pela Nasa em 1999, sendo que desde Fevereiro de 2000 tem coletado dados.

O ASTER fornece imagens de alta resolução da Terra em 14 comprimentos de onda diferentes, variando do espectro visível à luz infravermelha.

A resolução das imagens variam de 15 a 90 metros, sendo que os dados do ASTER são usados para criar mapas de temperatura de superfície, emissividade, reflectividade e elevação.

Veja na imagem abaixo um exemplo de modelo digital de superfície criado com dados ASTER.

 

Modelo digital de elevação – SRTM

A Missão Topográfica Radar Shuttle (acrônimo em inglês SRTM) é uma missão espacial que possui como objetivo a obtenção de um modelo digital do terreno da zona da Terra entre 56 °S e 60 °N.

A mesma foi criada com intuito de gerar uma base completa de cartas topográficas digitais terrestre de alta resolução.

A SRTM consiste num sistema de radar especialmente modificado que voou a bordo do Endeavour (ônibus espacial) durante os 11 dias da missão STS-99, em Fevereiro de 2000.

Para adquirir dados de altimetria estereoscópicos, a missão SRTM contou com dois reflectores de antenas de radar. Um reflector-antena estava 60 metros separado do outro graças a um extensor que ampliava a envergadura do shuttle no espaço. A técnica utilizada conjuga software interferométrico com radares de abertura sintética (SAR).

Veja na imagem abaixo um modelo digital de terreno criado com dados SRTM.

 

 

Modelo digital de elevação – Projeto TOPODATA

O projeto Topodata, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) teve como intuito a criação de um modelo digital de elevação do território brasileiro. O mesmo utilizou dados SRTM disponibilizados pelo USGS na rede mundial de computadores, possuindo uma acurácia de 30 metros.

Um dos grandes legados do projeto TOPODATA é a série de cartas topográficas referentes ao território nacional.

Além disso, a partir do INPE é possível baixar dados SRTM de qualquer lugar do território brasileiro. para isso é só acessar este link.

Também é possível baixar diferentes informações. Leia este PDF produzido pelo laboratório de geotecnologias da UPM caso deseje saber mais a respeito.

 

 

Aplicações dos dados obtidos com as missões ASTER E SRTM

 

Os dados obtidos com as missões ASTER e SRTM e seus respectivos modelos digitais de elevação servem para diferentes finalidades.

Como exemplos de aplicações temos:

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Entre eles, o Curso de Confecção de Plantas Topográficas. Um curso prático com o qual você vai aprender a produzir as 15 diferentes plantas produzidas em um escritório de topografia.

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