A cartografia temática é uma das 3 subdivisões da Cartografia, sendo que a mesma é utilizada para a produção de mapas temáticos e cartogramas.
A mesma se baseia na utilização de convenções, símbolos e cores para a representação espacial de um tema de interesse.
Antes de irmos mais a fundo na cartografia temática, vamos entender melhor as subdivisões da Cartografia em si.
Isso é necessário para que você entenda melhor a mesma.
Cartografia temática: subdivisões da cartografia
- Cartografia topográfica;
- Cartografia geográfica e;
- Cartografia temática.
Cartografia topográfica
A cartografia topográfica utiliza dados obtidos a campo com a fotogrametria e com a topografia, fazendo a transformação direta de medidas.
A mesma é utilizada principalmente por instituições governamentais que se dedicam à produção das diferentes cartas topográficas necessárias.
Trabalho este que é permanente, de contínuo aperfeiçoamento e indispensável à tomada de decisões da administração pública e à defesa do território nacional.
Cartografia geográfica
Diferentemente da Cartografia Topográfica, a cartografia geográfica é praticada quase exclusivamente por empresas privadas.
A mesma opera em íntima conexão com a geografia, produzindo peças cartográficas para uso do público em geral, sobretudo estudantes.
Atlas, mapas avulsos, plantas de cidades, globos e cartas em relevo são alguns dos produtos comerciais oriundos da cartografia geográfica.
Cartografia temática
Conforme salientei no inicio do artigo, a cartografia temática dedicasse a representação geoespacial de temas diversos.
Diferentemente da cartografia topográfica, cuja terceira variável é a altitude, na cartografia temática, a terceira variável é a aplicação de interesse.
Por exemplo:
- Em um mapa de eleitores será o número de eleitores por bairro.
- Em um estudo sobre a morte de jovens, será o número de mortos por estado;
- Na agricultura de precisão será a variação espacial da produtividade, de determinada praga ou doença, dos macro ou micronutrientes.
Enfim, a cartografia temática possibilita a representação espacial de qualquer variável de interesse, tendo aplicações que tendem ao infinito.
Naturalmente, para a representação dos diferentes fenômenos, a mesma se baseia em uma série de símbolos representando:
- A qualidade;
- A quantidade e;
- A dinâmica do fenômeno que está sendo estudado.
Para isso, geralmente são usadas linhas, áreas, cores e pontos dependendo do assunto estudado.
No quadro abaixo você pode visualizar as diferentes variáveis utilizadas na semiologia gráfica.
Fonte: Bertin 1967
Esta tabela deve ser utilizada como uma espécie de manual de bolso na produção de mapas temáticos.
Ou seja, sempre que for produzir um mapa temático e, estiver na dúvida a respeito de como irá fazer a representação do fenômeno que está sendo estudado você pode consultar esta tabela.
A partir da análise da mesma podemos notar, por exemplo, que para representar fenômenos que têm localização isolada devemos utilizar pontos.
Quando precisarmos representar tipos diferentes de uma determinada informação. Ou seja, a representação é qualitativa, o aconselhável é a utilização de pontos de cores e formas diferentes.
Confira no mapa abaixo um exemplo de representação pontual:
Para demonstrar fenômenos que tem uma trajetória usamos as linhas. Quando a representação é qualitativa, as linhas devem ser diferenciadas. Para quantidades diferentes o ideal são espessuras diferentes.
Confira o exemplo abaixo:
Uma outra maneira de representar fenômenos na Cartografia temática é através da utilização da Anamorfose Geográfica.
Na mesma as formas e áreas são alteradas, sendo apresentadas de acordo com a sua importância no assunto tratado.
Confira um exemplo de mapa da população mundial onde foi usada a técnica da anamorfose geográfica.
Espero que você tenha gostado do artigo. Eu tive bastante trabalho para produzir o mesmo.
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Módulo 5: criando uma planta de macrozoneamento para licenciamento ambiental
Módulo 6: criando um mapa de proteção de área permanente (APP’s) de uma propriedade rural
Módulo 7: criando um mapa hipsométrico da sua área de interesse
Módulo 8: criando uma planta topográfica georreferenciada no QGIS
Módulo 9: layout de mapas – criando um mapa de bacias e sub bacias hidrográficas
Módulo 10: delimitação de bacias hidrográficas
Módulo 11: demarcação urbanística no QGIS
Módulo 12: mapa de classes de declividade (com MDE – Alos Palsar)
Módulo 13: mapa de prospecção de áreas para instalação de usinas solares fotovoltaicas
Módulo 14: elaborar mapa de classes de solo
Módulo 15: elaborar mapas de classes de fatores limitantes à mecanização agrícola dos solos
