O rinex é o formato de dados oficial utilizado na Geodésia e no Posicionamento Pelo GNSS.
Porém, qual a estrutura e porque foi necessária a criação deste formato de arquivo?
Isso que você aprenderá com a leitura deste artigo.
O porque da existência do formato rinex
Cada marca de receptor GNSS possui seu próprio formato de arquivo nativo.
Como existem diversas marcas de receptores GNSS no mercado, com o tempo surgiu a necessidade da existência de um formato de dados oficial, o qual fosse aceito por todos os softwares e órgãos públicos e privados.
Isso levou a criação do formato RINEX (Receiver Independent Exchange Format RINEX, cuja tradução literal é Formato de troca independente do receptor).
Conforme o próprio nome informa, este é um formato de intercâmbio de dados, para dados brutos do sistema de navegação por satélite.
Ou seja, após a coleta dos dados, é indicado que o profissional faça a transformação dos dados do formato nativo para o formato rinex. Isso permite que o usuário obtenha um resultado mais preciso ao fazer o pós processamento dos dados GNSS.
Formato Rinex e a determinando posições com uma melhor acurácia
Diferentemente do que a maioria dos profissionais acredita, o que um satélite fornece não é a coordenada do receptor e sim uma série de parâmetros a respeito do próprio satélite.
Os parâmetros disponibilizados são:
- A posição do satélite;
- A velocidade do mesmo;
- Outras grandezas físicas relacionadas ao satélite.
Utilizando-se destas informações, o receptor utiliza os dados informados pelos diferentes satélites rastreados para triangular a posição instantânea do receptor GNSS.
Como existem diferentes fontes de erro interferindo no rastreamento de dados, embora os receptores calculem as posições em tempo real, para aplicações que exijam uma melhor acurácia é interessante armazenar as diferentes informações disponibilizadas pelos satélites.
Isso possibilita que tendo-se as correções fornecidas pelos dados efêmeros, o profissional consiga fazer um correto tratamento dos dados rastreados.
O formato RINEX armazena em sua estrutura as diferentes informações disponibilizadas pelos satélites. Isso possibilita que seja feito o processamento off-line dos dados.
RINEX – o formato de dados que evolui
O formato RINEX foi projetado para evoluir ao longo do tempo, adaptando-se a novos tipos de medições e novos sistemas de navegação por satélite.
A primeira versão do mesmo foi desenvolvida por W. Gurtner em 1989 e publicada por W. Gurtner e G. Mader no CSTG GPS Bulletin de setembro / outubro de 1990.
Em 1993 foi disponibilizado o RINEX 2, que foi revisado e adotado várias vezes.
A versão mais recente é a 3,05, disponibilizada em dezembro de 2020.
Dados contidos no formato rinex
Fonte: https://slideplayer.es/slide/3018211/
O formato RINEX 3,04 permite o armazenamento de:
- Medições de pseudo-distâncias;
- Medições de fase da onda portadora;
- Efeito Doppler e;
- Dados das constelações GPS (incluindo os sinais L5 e L2C), GLONASS, Galileo, Beidou, EGNOS e sistemas de aumento baseado em satélite (SBAS).
Formato Hatanaka
Conforme o tempo passou, o número de constelações e de satélites rastreados aumentou significativamente. Isso fez com que o tamanho do arquivo gerado ficasse excessivamente grande.
O formato Hatanaka é um esquema de compactação utilizado para reduzir o tamanho dos arquivos RINEX.
O arquivo resultante da compactação Hatanaka é o CompactRINEX ou CRINEX, que é um arquivo baseado em ASCII.
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