O levantamento por irradiação é um dos diferentes métodos de levantamento de dados com estações totais.
Na realidade, existem 2 métodos de levantamento de dados com estações totais que são aceitos pela legislação. São eles:
- Levantamento por irradiação;
- Caminhamento perimétrico.
Neste artigo eu focarei no levantamento por irradiação, mostrando:
1 – O que é este método de levantamento de dados;
2 – Quais as vantagens da utilização do mesmo;
3 – Para que serve o levantamento de dados por irradiação;
4 -Como nunca errar uma troca de estação.
Então vamos ao artigo.
Levantamento por irradiação – O que é este método de levantamento de dados?
O levantamento de dados por irradiação, conforme informei anteriormente é um método de levantamento de dados com estações totais que consiste em instalar-se a estação total em um ponto e fazer-se uma série de visadas, obtendo-se as coordenadas das feições de interesse.
Veja como o mesmo funciona na imagem abaixo:
Perceba que a estação total foi instalada em um ponto que possibilita a visada do maior número possível de vértices e, em seguida o operador da estação total fez uma série de visadas enquanto que 1 ou mais prismeiros se deslocaram pelas feições de interesse.
No caso, tanto faz instalar-se a estação total dentro ou fora da área de interesse, o que o profissional precisa cuidar é para instalar a mesma em um local a partir do qual consiga fazer o máximo possível de visadas.
Naturalmente, além de estações totais, também é possível utilizar-se teodolitos para o levantamento de dados por irradiação.
Neste caso, o profissional precisa apenas tomar o cuidado de anotar os diferentes azimutes e distâncias entre a estação do teodolito e cada ponto visado.
Perceba que este é um método simples, rápido e fácil e, que por causa disso é o método de obtenção de dados com estações totais e teodolitos favorito dos agrimensores.
Vantagens do levantamento por irradiação
O levantamento de dados por irradiação possui uma série de vantagens quando comparado ao caminhamento perimétrico que é o outro método de levantamento de dados aceito pela legislação.
Entre as principais vantagens estão:
- Maior velocidade de obtenção na dados, possibilitando a obtenção de centenas de pontos em poucas horas;
- É um método mais simples de ser utilizado;
- O risco de cometer-se erros é menor.
Isso sem falar que caso seja necessário, é possível utilizar-se ambos os métodos, caminhamento perimétrico e irradiação em um mesmo serviço, tirando o melhor proveito da utilização de cada um dos métodos.
Para que serve o levantamento de dados por irradiação
O levantamento de dados por irradiação serve para o levantamento de dados de áreas pequenas, de certa maneira que seja possível a obtenção de todos os dados de interesse a partir de uma ou poucas estações.
Para levantamento de áreas maiores é aconselhado a utilização de receptores GNSS, pois os mesmos possibilitarão uma maior velocidade de trabalho.
Naturalmente, além do tamanho da área a ser mapeada, para definir se utilizará uma estação total ou um receptor GNSS o profissional também precisará levar em consideração as características da área.
Isso porque se o levantamento for no meio de uma selva de pedras, com prédios altos, não será possível a utilização de receptores GNSS.
Como nunca errar uma troca de estação
Ao obter-se dados com a utilização do método de irradiação, na grande maioria das vezes será necessário fazer-se trocas de estação.
Isso porque provavelmente existirá estruturas artificiais ou naturais que impedirão a obtenção de todos os pontos de interesse a partir de uma única estação.
Ao perceberem isso, que não conseguirão obter todos os dados necessários a partir de uma única estação, muitos profissionais soam frio.
Isso porque sabem que a troca de estação é um procedimento um pouco complexo, o que pode fazer com que o profissional cometa erros.
Então vamos entender primeiramente o que é uma troca de estação. Em um segundo momento vou lhe ensinar uma metodologia que possibilitará que você faça trocas de estação com risco zero de cometer erros.
Como funciona uma troca de estação
Imagine que você precisa obter os dados desta praça abaixo.
Perceba que como as árvores são de copa alta, se você instalar a estação total em uma posição centralizada provavelmente conseguirá obter todos os dados necessários.
Agora imagine que a prefeitura pretende fazer uma obra na praça da figura abaixo, instalando uma série de novas estruturas na mesma.
E que a mesma contratou os serviços da sua empresa para fazer o projeto. Porém, a única ressalva é que você não pode destruir ou construir em cima do caminho existente.
Ou seja, a primeira etapa do projeto consistem em você fazer o mapeamento desta praça, levantando o perímetro da mesma e o caminho existente.
Com estes dados, posteriormente você irá planejar a localização de cada uma das novas estruturas.
O problema é que existem muitas árvores. Ou seja, se você instalar a estação total em uma posição centralizada não conseguirá obter todos os dados de interesse. Com isso, será necessário fazer-se uma série de trocas de estação.
O que eu faria é utilizar 4 estações, as quais estariam localizadas conforme mostro na imagem abaixo:
Isso porque com estas 4 estações eu conseguiria obter todos os dados necessários.
Agora que você entendeu os locais nos quais as estações seriam instaladas, vamos entender como funciona uma troca de estação.
Como funciona uma troca de estação
Para fazer uma troca de estação primeiramente nós instalaríamos a estação total no ponto 1, obtendo todos os dados necessários.
Em seguida faríamos uma marquinha no chão na posição 2 e obteríamos os dados deste ponto.
Feito isso, simplesmente desinstalaríamos a estação total do ponto 1 e a instalaríamos no ponto 2.
Posteriormente precisaríamos ao configurar a estação, informar para a mesma que ela está sobre o ponto 2, puxando os dados deste ponto da memoria interna.
E em seguida faríamos a orientação da estação no ponto 1.
É óbvio que esta é uma explicação rápida. Se você deseja aprender a utilizar estações totais profissionalmente, aconselho que conheça o treinamento estação total na prática.
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