Ícone do site Adenilson Giovanini

Estação total: tudo que você precisa saber a respeito

silhouette The young engineer working construction standards in line with global construction environment and the environment around the work site. over Blurred construction worker on construction site

A estação total, também conhecida como taqueômetro eletrônico é um instrumento que mede ângulos e distâncias.

Na realidade, as estações totais nada mais são do que equipamentos derivados da evolução tecnológica. Isso porque uma estação total nada mais é do que o resultado da união de um teodolito com um distanciômetro eletrônico em um único equipamento.

Além disso, toda estação total possui um software interno, sendo que com isso as mesmas conseguem armazenar dados e executar alguns cálculos com os mesmos.

 

Partes de uma estação total

Na imagem abaixo você pode ver uma estação DTM-652 da nikon. Na mesma é possível ver as diferentes partes que compõem uma estação total.

Vamos analisar cada uma das diferentes partes e ver quais que são as funções das mesmas. Para isso vamos começar pela parte superior esquerda da tela do computador e avançar em sentido horário.

1 – Teclas de montagem da bateria: como o próprio nome diz, servem para a montagem da bateria.

2 – Marca de alinhamento: serve para alinhar a estação total.

3- Chamada vertical: também conhecido como “parafuso de chamada da vertical”. O mesmo serve para fazer o ajuste fino do equipamento na vertical, colocando-se o mesmo bem sobre o prisma.

4 – Trava da vertical: serve para uma vez que o equipamento esteja bem sobre o ponto, travar o mesmo.

5 – Trava da base: serve para travar e destravar a base, possibilitando que a estação total seja retirada da mesma, ficando-se apenas com a base de nivelamento. Nem todas as marcas e modelos de estação total possibilitam a separação da estação de sua base.

6 – Marca de alinhamento: serve para alinhar a estação total.

7 – Tela e teclado na face 1: possibilita a configuração interna do equipamento e a obtenção de dados.

8 – Bolha tabular: a mesma serve para fazer-se o nivelamento da estação total. Além desta bolha, a estação total também possui um nível de cantoneira em sua base de nivelamento.

9 – Cobertura do retículo: como o próprio nome diz, serve para a cobertura do retículo da estação total.

10 – Anel de dioptrias: possibilita o ajuste do foco do equipamento.

11 – Ocular da luneta: possibilita a visualização do prisma.

12 – Anel de focalização: é utilizado no processo de focalização do prisma.

13 – Mira óptica (buscador): possibilita a colocação do equipamento mais ou menos sobre o ponto, facilitando o processo de obtenção de dados.

Como funciona uma estação total?

 

Para a obtenção de dados a estação total utiliza um feixe de raios lazer, o qual é emitido, bate em um prisma e volta até a estação total.

O tempo que o raio demora entre sua emissão e a chegada de volta na estação total e o ângulo de rotação da mesma possibilitam que o computador interno calcule o ângulo e a distância do ponto.

Uma vez que o usuário tenha obtido os dados de todos os pontos de interesse é só o mesmo baixar os dados em um computador, levar os mesmos para um ambiente CAD e fazer os desenhos e cálculos necessários.

Etapas da obtenção de dados com estações totais

A instalação da estação total consiste em nivelar e estacionar a mesma sobre um ponto topográfico.

É comum a existência de várias formas de estacionar o equipamento entre os profissionais, porém existem algumas regras que se seguidas possibilitam um estacionamento rápido e preciso.

A seguir está a demonstração dos procedimentos para operar uma estação total TC 407 da Leica.

 

Etapa 1 – Instalação do tripé

Para estacionar o equipamento sobre um determinado ponto topográfico, o primeiro passo é instalar o tripé sobre este. Um ponto topográfico pode ser materializado de diversas maneiras, como por piquetes, pregos ou chapas metálicas, entre outros (Veiga, L. A. Koenig Et al., 2012).

A figura abaixo ilustra um exemplo de ponto materializado através de uma chapa metálica engastada em um marco de concreto de forma tronco de pirâmide.

Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.108).

No centro da chapa metálica será encontrada uma marca que representa o ponto topográfico.

Uma vês que o equipamento esteja devidamente calado e centrado sobre o ponto, o prolongamento do eixo principal do mesmo passará por esta marcação sobre a chapa.

Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.109).

O tripé por sua vez, possui parafusos ou travas que permitem o ajuste das alturas das pernas. Os mesmos podem mudar de posição no equipamento, o que acarreta na mudança da metodologia de instalação dos tripés.

Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.109).

Existem vários procedimentos de instalação do tripé, desde métodos onde primeiramente abre-se as pernas e fixa-se sobre o ponto (indicado quando a trava está presa a parte inferior da perna que se estende).

Até métodos em que primeiro se coloca o tripé aberto na posição desejada e depois estende-se as pernas (indicado quando a trava está presa a perna que fica calada no solo).

O objetivo final é deixar o equipamento nivelado, sobre o ponto e em uma posição confortável de trabalho. Abaixo segue a descrição de um dos métodos de instalação do equipamento.

Abra as pernas do tripé e coloque-o sobre o ponto. Tome o cuidado de deixar o tripé aberto numa posição intermediaria, nem muito fechado, nem muito aberto.

Uma vês que o tripé esteja aberto, o mesmo deve ser colocado sobre o piquete e levantado até que fique com a mesa na altura do peito.

 

É importante tomar o cuidado de deixar bem sobre o piquete e a mesa bem nivelada, pois a velocidade e facilidade dos procedimentos seguintes dependem deste procedimento.

Coloca-se a estação total sobre o tripé e coloca-se a mesma sobre o ponto. Dê uma espiadinha a figura (abaixo), volte aqui e continue a leitura que você entenderá melhor.

No caso da TC 407L, a mesma possui prumo lazer, que facilita os trabalhos.

Para colocar sobre o piquete é necessário posicionar-se no lado oposto a uma das pernas e levantar o tripé pelas outras duas, pegando-se o mesmo em uma altura intermediaria nas pernas e movendo-se em direção a marca no centro do piquete, sentando o tripé quando o prumo lazer tiver sobre o ponto.

Tome o cuidado para levantar e mover o tripé em um movimento sincronizado das mãos, não levantando mais uma que a outra. Desta maneira, você não corre o risco de deixar o equipamento muito desnivelado quando for sentar novamente o mesmo.

Olhe novamente para a figura abaixo e cuide atentamente os detalhes. Perceba, por exemplo, a posição na qual estou assegurando o tripé e a posição dos cotovelos. Que os mesmos estão perto do corpo, de certa forma que os antebraços fiquem abertos.

Que ambas as mãos estão na mesma altura e que o movimento é sincronizado.

Perceba também que eu parei entre 2 pernas do tripé, com a terceira perna na minha frente. Ao agir desta maneira, pegando o tripé em uma posição intermediária tenho total controle do mesmo.

Com isso consigo levantar o equipamento por 2 pernas, deixando a perna da minha frente no chão e, posteriormente, movimentar o equipamento em um movimento sincronizado de ambas as mãos, de certa maneira que o prumo lazer fique na marca do piquete.

uma vez feito isso é só sentar o tripé, de certa maneira que o equipamento fique sobre o ponto e praticamente nivelado.

 

Cale bem as pernas do tripé no chão. Este procedimento é extremamente importante porque vai tornar mais difícil um acidental desnivelamento da estação total.

Fonte: Veiga, L. A. Koenig Et al. (2012, p.110).

Faça o nivelamento grosseiro pelas pernas do tripé, pois este ainda está muito desnivelado.

Perceba que não adianta mexer apenas nos parafusos calantes. Isso porque os mesmos são curtos. A ideia é deixar o equipamento praticamente nivelado.


Olhe novamente para a posição das mãos e dos dedos. Perceba que com a mão direita eu assegurei uma das partes de cima da perna do tripé e, com a outra mão, ambas as partes.

Cuide a função de cada um dos dedos. Com o dedo mínimo eu destravo o tripé. Com o segundo, terceiro e quarto dedos asseguro a perna de fora do tripé e com o quinto dedo a perna de baixo do tripé.

Ao posicionar as mãos desta maneira possuo controle total da perna. Posso destravar a mesma com o dedo mínimo e travar com o pulso a hora que quiser.

Também posso movimentar as seções da perna conforme desejar deixando a perna exatamente na altura que quero.

Uma vês que o nivelamento grosseiro tenha sido feito, a próxima etapa é fazer o nivelamento fino pelo software da estação.

Uma vez feito isso, será necessário criar e configurar a obra.

A boa noticia é que eu produzi um E-book que vai te ajudar neste processo. Me refiro ao Ebook Aprenda a operar Estações Totais.

 

Para conhecer melhor este fabuloso E-book e adquirir sua cópia do mesmo é só clicar neste link.

Ao ler o mesmo você aprenderá:

E muito mais.

> Acesse este link e conheça-o melhor…

 

Precisão de dados obtidos com estações totais

Para a determinação das distâncias, os instrumentos existentes dentro das estações totais utilizam scanner eletro-óptico de códigos de barra digitais os quais possuem uma extrema precisão.

Desta maneira, as estações totais de melhor qualidade são capazes de medir ângulos abaixo de 0,5″ e determinar distancias com uma precisão de cerca de 0,1 milímetro.

Na realidade, é importante que você saiba que existe toda uma série de classificações e de acurácias que uma estação total deve obedecer.

A NBR que aborda esta temática é a 13.133. Na página 7 a mesma trás uma tabela com as classificações das estações totais.

 

Perceba que de acordo com a precisão, existem 3 categorias de estações totais. Ao comprar uma estação total é aconselhável que você sempre leve esta tabela em consideração.

 

 

Os diferentes tipos de estações totais existentes

Com o passar do tempo e com os avanços tecnológicos as estações totais se dividiram em uma vasta gama de equipamentos. Desta maneira temos, por exemplo, estações totais que realizam medições com e sem prisma.

Uma segunda classificação das estações totais é se as mesmas são robóticas ou não.

E ainda temos equipamentos mais novos, que estão vindo com um scanner laser acoplado. Desta maneira, é possível realizar-se o escaneamento de até 26 mil pontos por segundo.

Naturalmente, o preço varia muito, existindo equipamentos que custam menos de R$ 10.000,00 reais até equipamentos que custam no entorno de R$ 100.000,00 reais.

Muito obrigado pela leitura e nos vemos em um próximo artigo.

Vídeo a respeito do assunto.

Lembrando que eu possuo uma série de cursos e de livros práticos.

Se você que MERGULHAR FUNDO e aprender com exemplos práticos, acesse este link e conheça os mesmos.

Gratidão por você ter lido o artigo. 🙏

 

 

Conheça o Livro de Topografia Mais Completo do Brasil

A 1 clique de distância de você encontra-se o MAIS COMPLETO LIVRO DE TOPOGRAFIA DO BRASIL.

O mesmo é formado por mais de 547 Estudos de Caso, Conhecimentos Práticos, Exemplos, Aplicações, Planilhas e Chacklists!

Se você quer (ou precisa) aprender a prestar serviços de Topografia, este livro servirá como uma luva para você.

Dê uma espiadinha no sumário do mesmo:

Para conhecer melhor a estrutura do livro, juntar-se a dezenas de profissionais e adquirir sua cópia é só clicar no botão abaixo:

Sair da versão mobile